Um "Ponto de Encontro" para partilha de experiências e conhecimentos sobre a temática da Qualidade. Falemos do tema, dos conceitos que lhe estão associados e de metodologias que facilitem a sua compreensão e implementação nas Organizações. Chegar a todos, esclarecer e aprender com eles, é o objectivo! .
quinta-feira, 26 de junho de 2008
A mudança...
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Participe! Todos podemos ganhar com isso.
Penso que ninguém tem dúvidas sobre a importância da mesma. Também penso que a maioria dos gestores compreende a importância de a implementar nas suas Organizações.
terça-feira, 24 de junho de 2008
E desta vez, para os meus formandos
domingo, 22 de junho de 2008
A teimosia de ser diferente... ou talvez não!
Fico triste por perceber que responder "isso eu não sei"; "sobre isso eu não tenho experiência" me pode deixar numa posição ingrata.
Está mais ou menos assumido que, se queremos ser bem sucedidos, devemos obedecer a um determinado padrão.
E como todos queremos ser bem-sucedidos fazemos tudo para "ser iguais": todos sabemos falar das mesmas coisas - mesmo que às vezes só digamos disparates (porque ninguém pode saber de tudo!); todos de repente gostamos de fazer férias na neve ou noutros destinos que se descobrem como fantásticos a cada ano, de vestir roupas das mesmas marcas, de usar os mesmos equipamentos, de ver os mesmos programas, de praticar os mesmos desportos... enfim... a lista de coisas não acaba mais...
Esta verdade assumida está a fazer com que nos esqueçamos que uma das coisas mais fantásticas do ser humano é a sua diversidade.
Já imaginaram se todos fossemos de facto iguais? Se tivéssemos o mesmo aspecto físico, se ficássemos tristes com as mesmas coisas, se vibrássemos pelos mesmos motivos, se...., se..., se...
A idade e a vida têm-me passado a mensagem que para ser feliz tenho que ser eu mesma, independentemente da moda que estiver em vigor.
Esse é o motivo porque sou tão avessa a aderir a tudo aquilo que por qualquer motivo me "cheire" a moda.
Os blogs são um bom exemplo. A determinada altura da minha vida, uma grande parte das pessoas que me rodeava criou um Blog.
Não sei se por estar mesmo convencida que este meio de comunicação não tinha nada de excepcional ou se por querer insistir em "ser diferente" teimei em não seguir o seu exemplo.
domingo, 15 de junho de 2008
Vamos ver... Ainda há espaço para mais uma assinatura?
No fundo trata-se de definir quem (que função) é responsável por quê e que tipo de autoridade pode exercer cada função; até onde pode decidir, até que valores, que tipo de decisões, …
Um bom tratamento desta cláusula pode trazer muitas vantagens para a sua organização.
Muitas vezes deparamo-nos com estruturas hierárquicas verticais muito complexas onde, no final de contas, ninguém pode decidir sobre nada e ninguém controla nada
Quando as responsabilidades e autoridades não estão claramente definidas a atribuídas só as hierarquias do cimo da pirâmide tomam decisões o que impede as hierarquias intermédias de agir. Estas estão sempre dependentes da aprovação das suas hierarquias que por sua vez também estão dependentes das suas.
Se quisermos ilustrar, por vezes temos quatro ou cinco responsáveis a validar o mesmo documento e quando chega ao destino… afinal vai errado. Ninguém assumiu a responsabilidade porque “o chefe a seguir vê”.
Estas situações podem ser eliminadas, por exemplo, definindo “patamares de decisão”.
O primeiro nível da hierarquia tem autonomia total para decidir até X desde que não ocorram falhas até um valor limite de Y; O segundo nível tem autonomia total para decidir até…
Não existe nenhuma regra que diga onde nem em que formato estas definições devem estar. A opção é da Organização.
Uma das opções é criar uma pasta (papel ou informática) onde possa juntar estas e outras regras da mesma natureza, como sejam: organogramas, descrição de funções, procurações, etc.…
A outra, que se vê com alguma frequência em Organizações mais pequenas, é incluir os organogramas e a descrição de funções no próprio Manual da Qualidade.
Ah… e não se esqueça das funções relacionadas com a Qualidade (gestor da Qualidade, auditor da Qualidade, …etc.). É que às vezes… casa de ferreiro espeto de pau.
Esta medida tão simples, evita a necessidade de aprovação/validação m cadeia evitando aquilo que vulgarmente se chama o Controlo do Controlo do Controlo e deixando tempo às hierarquias para liderarem a sua equipa de forma a que obtenham resultados. Que me parece um investimento muito mais útil.
Digo eu que tenho a mania de dizer coisas!
Vai constituir a sua empresa?
Então pense num Sistema de Gestão da Qualidade… Acredite que vai ajudar!
O melhor momento para iniciar a implementação do seu SGQ é o momento da criação da sua empresa.
O conteúdo das Normas do grupo 9000 em especial a 9001 e a 9004 é composto por regras de gestão elementares e de fácil aplicação.
A título de exemplo refere regras para; definir e seguir os seus objectivos, definir claramente as responsabilidades e autoridades atribuídas a cada função, assegurar o eficaz relacionamento com os seus clientes e fornecedores, identificar os erros cometidos, corrigi-los e tomar medidas para que não se repitam
Define ainda regras para; a gestão das pessoas e da sua formação, para o planeamento das suas actividades e para a monitorização dos resultados obtidos…
Bom… na sua empresa, não gostaria de ver todos estes temas bem tratados? … Pense nisso!
Fazer bem à primeira é bem mais fácil que corrigir! E mais barato!
domingo, 1 de junho de 2008
Definir Formatos e Identificar Documentos
Partindo do principio que a primeira actividade vai ser escrever o Procedimento de Controlo de Documentos, vamos definir o formato de Formulário para procedimentos.
A título de exemplo pode ser o que se segue.

Este formato permite tem duas identificações: a do Procedimento (no cimo do lado direito) e a Formulário usado para elaborar Procedimentos: FR02.05.DQ.
Conseguimos ver para ambos a identificação e a revisão em vigor. No caso do Procedimento a leitura é directa.
O mesmo já não se passa com o Formulário. Neste exemplo consideramos:
FR - Formulário
02 - número sequencial(por Direcção existente na Organização)
05 - Revisão do formulário
DQ - Direcção da Qualidade
Ou seja estamos a falar do Formulário utilizado para elaborar Procedimentos - que será sempre igual a este e terá sempre os campos aqui definidos - ao qual foi atribuído o numero dois, que já sofreu cinco revisões e cuja responsabilidade está atribuída à Direcção da Qualidade.
Agora só falta ter uma lista que nos permita saber quais as revisões que estão em vigor para cada tipo de documento.
A titulo de exemplo a seguinte para os procedimentos. E algo idêntico para os Formulários.

Espero ter dado algumas sugestões úteis.
Estrutura Documental
Já me referi a todos os quase todos os documentos necessários a um SGQ. Penso que não quererá saber quais são os documentos obrigatórios mas sim ter um exemplo prático.
Na minha perspectiva o primeiro passo é criar uma estrutura documental; o mesmo é dizer; decidir quais os níveis de documentação que pretende para a sua Organização.
Um bastante comum é:
Politica da Qualidade
Objectivos da Qualidade
Manual da Qualidade
Procedimentos
Instruções
Formulários
Há quem não considere Politica e Objectivos da Qualidade como um nível da documentação.
Eu penso que se deve considerar, até porque são documentos obrigatórios. Além disso fazem parte da hierarquia. Definir a restante documentação sem ter em conta as linhas de orientação da Politica da Qualidade,... não faz muito sentido.
Embora possa parecer pouco relevante o nome que damos a cada nível não é indiferente. Deve ser de acordo com a linguagem da organização. Se internamente usam a designação minuta ou impresso para os documentos nos quais registam actividades, quando definirem a documentação não lhe chamem Formulários. Só vai gerar confusão.
Por outro lado também não sou apologista do uso do nome Procedimento da Qualidade. Esta expressão pode levar à interpretação de que o Procedimento é da responsabilidade da área da Qualidade e o que pretendemos é que seja da responsabilidade de todos. Podemos chamar-lhe simplesmente Procedimentos, Procedimentos Operativos, Procedimentos de Gestão, ou outro qualquer nome à escolha
Acordados sobre a hierarquia da estrutura documental é necessário (na minha opinião antes de fazer o que quer que seja) encontrar uma forma de identificar os documentos com vista ao seu controlo no futuro.
Por exemplo, como vou identificar os procedimentos para saber qual é a ultima versão? Como vou identificar os formulários? Atribuindo-lhes um número? Pelo nome? E a revisão, como sei qual é última? Pela data? Associando uma revisão ao número? O Manual vai ser um único documento ou vai ter vários capítulos? (ver artigo sobre tema).
O formato da identificação vai depender muito do suporte (predominante) que usar na elaboração e distribuição da documentação.
Diria que muitas empresas, senão mesmo a maioria não têm programas específicos para documentação. E, salvo raras excepções, não considero indispensável. O Word é bastante bom para elaboração de documentos de texto. E a distribuição, havendo rede informática interna, também se faz facilmente.
Definidas estas regras básicas, o melhor mesmo é escrevê-las. Ou seja redija o procedimento obrigatório relativo a controlo de documentos e coloque lá todas as regras.
De seguida vou dar alguns exemplos que podem ser usados em Word ou outro equiparado.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Vantagens da Implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade
Acredite que vale a pena!
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Registos e suas Exigências
Nem sempre é muito bem entendido o conteúdo da cláusula 4.2.4 da NP EN ISO 9001: 2000 de título Controlo dos Registos.
Temos sempre alguma tendência para não formalizar. Dizemos com muita frequência que o importante é fazer as coisas. E é! Mas não menos importante é evidenciar a sua realização... sem excessos! Para tudo na vida deve existir bom senso. Tentemos então encontrá-lo no que se refere a este tema.
Quando analisamos o texto da cláusula mais em detalhe concluímos que afinal as exigências são compreensíveis.
A primeira coisa a que obriga é que os registos sejam legíveis, prontamente identificáveis e recuperáveis.
É tão óbvio que até parece estranho que seja necessário estar numa norma...
Para que nos servem registos que não sejam legíveis? Para que nos servem registos cuja localização seja quase impossível?
Pois parece óbvio! Mas nem sempre as Organizações desenvolvem práticas que permitam o cumprimento destes três pontos.
Talvez por isso é exigido um Procedimento escrito (lembro que as cláusulas cujo texto inclua a expressão "Procedimento Documentado" devem ter um Procedimento escrito. Neste caso esta expressão encontra-se na 3ª linha).
Esse Procedimento deve definir regras para:
- identificação, para que se consigam localizar os vários registos de diferentes datas e de diferentes temas;
- armazenagem, por forma a evitar que sejam guardados em local que facilite a sua deterioração;
- protecção, de forma a evitar acessos indevidos a documentos de acesso restrito;
- recuperação, de forma a evitar a perda definitiva de informação indispensável à Organização;
- tempo de retenção, de forma a evitar que se guardem quer por um período inferior ao necessário quer por um período de tempo demasiado longo;
- eliminação, de forma a definir quem pode eliminar alguns tipos de documentos nomeadamente aqueles cuja importância para a Organização é relevante.
Peguemos num exemplo conhecido de todos nós: a escritura da nossa casa.
Quando regressamos da Conservatória temos duas hipóteses: Ou colocamos numa qualquer gaveta, ou colocamos numa pasta devidamente identificada e arrumada. Quando optamos pela segunda, mesmo que inconscientemente escolhemos um local seguro e do qual nos recordemos no futuro.
Mas, supondo que não nos recordamos existe sempre a hipótese de recuperar uma cópia na Conservatória.
Podemos também não o definir com formalidade mas a verdade é que guardamos essa escritura por determinado período de tempo, findo o qual a eliminamos. Mas somos nós que a eliminamos! Ou alguém a quem delegamos poderes para tal.
Se seguirmos a primeira opção... é bem provável que nunca mais voltemos a ver a dita...
A escritura da nossa casa é somente um registo! As Organizações têm centenas!
A necessidade de definição destas regras é por isso bem pertinente.
Presentes do Brasil

e o do Qualiblog estes dois:
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Traduzir Qualidade em €
Uma das maiores dificuldades no que se refere à Gestão da Qualidade é demonstrar à Gestão de Topo as vantagens da implementação do Sistema.
Qualquer Gestor da Qualidade pode demonstrar com relativa facilidade que existem menos Não Conformidades, que existem menos reclamações e por aí fora. E qualquer Gestor de Topo que se preze fica satisfeito por saber isso, só que … não lhe chega.
Por isso o ideal é que o responsável da Qualidade consiga transformar essa informação em €. Assim os Custos da Qualidade ficam “preto no branco”.
Esta expressão – Custos da Qualidade - é um pouco discutível mas, ainda assim, é a normalmente usada para definir metodologias que permitam apurar:
- quanto custa fazer bem(Conformidade);
- quanto custa fazer mal (a Não Conformidade)
Podemos encontrar uma das primeiras referências aos Custos da Qualidade no livro Quality Control Handbook de Joseph Juran publicado pela primeira vez em 1951.
Estes custos são classificados de várias formas consoante os autores mas as mais comuns são:
Custos da Conformidade e Custos da Não Conformidade
e
Custos de Prevenção, Avaliação e Falhas.
É esta última que se encontra na Norma Portuguesa NP 4239: 1994 – Bases para a Quantificação dos Custos da Qualidade.
Esta Norma detalha quais os custos que entram em cada categoria(Prevenção, Avaliação e Falhas) e refere algumas recomendações que podem ajudar a credibilizar a implementação de um Sistema de Apuramento de Custos da Qualidade.
A implementação de um Sistema de Custos da Qualidade tem, entre outras, as seguintes vantagens:
- São um indicador da reserva de rentabilidade da empresa (diminuem custos investindo na prevenção;
- Identifica actividades a serem melhoradas;
- Evidencia evolução das melhorias;
- Traduz qualidade em €.
E… € é uma linguagem de compreensão muito fácil!
domingo, 20 de abril de 2008
A importância da linguagem simples
Chegando lá, constatou que um ladrão tentava levar os seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, disse-lhe:
Oh, bucéfalo anacrónico! Não te interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo... mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Doutor, afinal levo ou deixo os patos?
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Esta vida...
O Sistema de Gestão da Qualidade não existe!
Os Sistemas de Gestão da Qualidade baseiam-se nos oito princípios da Qualidade. Ou pelo menos é o que se pretende. Esses princípios para os leitores que não conheçam a temática são: liderança, focalização no cliente, abordagem por processos, relações mutuamente benéficas com fornecedores, envolvimento das pessoas, abordagem da gestão como um sistema, decisões baseadas em factos e melhoria continua.
Não serão estes princípios absolutamente fundamentais para gerir uma qualquer organização, seja ela pública ou privada? É o que me parece!
Mas para ser mais concreta, analisemos, por exemplo Gestão por Processos. O que significa este principio? Basicamente que a Organização deve identificar os seus processos relevantes e deve geri-los como tal. De forma ainda mais simples isso quer dizer que a Organização deve identificar quais os conjuntos de actividades mais importantes para o seu negócio, quais as ligações que existem entre esses conjuntos dedicar-lhe especial atenção. Entenda-se por mais atenção; definir uma plano de objectivos, definir recursos e meios necessários para os atingir, definir formas de verificar/acompanhar a realização desses objectivos, etc.
Na linguagem da Qualidade estamos a falar de identificar processos e suas interacções e de lhe aplicar um ciclo PDCA (iniciais de Plan, Do, Check, Act).
Nas das Organizações… que lhe parece? O que fazem os gestores, quando definem um Plano de Objectivos para a sua Organização e quando desenvolvem as medidas necessárias para os atingir? O que fazem quando verificam/seguem em periodicidades predefinidas se esse o plano traçado vai ou não no bom caminho? O que fazem quando, perante a constatação de desvios redefinem medidas?
Eu não sou de gestão, mas acho que estão a gerir a Organização. E também acho que este seguimento é absolutamente necessário para a sobrevivência das Organizações. Não importa se lhe chamam PDCA ou não. Importa que é necessário para o sucesso da Organização.
E se quisermos passar a outro princípio, a conclusão vai repetir-se. O que fazem os gestores quando utilizam a liderança para motivar e influenciar os seus colaboradores? O que fazem os Gestores quando focam a todas as suas atenções no seu cliente? Deixe-me adivinhar… gerem a Organização. E… se não o fizerem assim… os resultados podem não ser os esperados.
Então, porque temos o Sistema de Gestão da Qualidade e o Sistema de Gestão da Organização? Para quê? Porquê?
O Sistema de Gestão da Qualidade faz parte integrante do Sistema de Gestão da Organização, se quisermos ir mais longe, não existe um e outro. Existe um Sistema de Gestão, que entre outras coisas considera a análise dos resultados no que se refere ao desempenho qualitativo da Organização.
Teríamos todos tanto a ganhar se conseguíssemos entender isto como um todo e não como coisas à parte!
sábado, 5 de abril de 2008
Acções Correctivas
As minhas desculpas!
Desculpas à parte hoje vamos às Acções Correctivas. Terminei agora mesmo uma sessão de formação onde estivemos a debater o tema e quase sempre acontece o mesmo: quando falamos, parece que todos falamos do mesmo, quando começamos a exemplificar… afinal não.
Falávamos hoje das possíveis origens das Acções Correctivas. Eu referia que as fontes mais comuns de Acções Correctivas são:
- Não Conformidades repetitivas;
- Não conformidades cujo impacto seja muito negativo.
Esclareci que me referia a todo o tipo de Não Conformidades por exemplo reclamações de clientes, Não Conformidades de Auditorias internas ou externas, … etc. No fundo qualquer situação que não corresponda ao especificado (em Normas, procedimentos, legislação aplicável, etc. …)
Então e as outras? Perguntava uma formanda? As que não se repetem, ou não tem impacto muito negativo, não tem acções correctivas? Não se corrigem?
Bom, todas as Não Conformidades devem ser corrigidas. Bem quase todas… A Norma diz que a Não Conformidade deve ser analisada e em função da análise decidir a medida a tomar, que pode ser, e normalmente é a correcção. Mas nem sempre. Pode ser permitida a sua utilização, desde que alguém com poderes para o efeito assim o defina.
Mas por enquanto estamos a falar de correcção.
Acção Correctiva é bastante mais do que isso. Acção Correctiva significa ir à origem do problema e resolver as causas para que o mesmo não se repita. Corrigir só corrige uma situação em concreto. Abrir e tratar uma Acção correctiva evita que determinada Não Conformidade se repita.
Todas as Não Conformidades devem ser analisadas, nem todas dão origem à abertura de Acções Correctivas. Existem Não Conformidades que são pontuais, cujas causas são automaticamente identificadas e/ou cujo impacto não é relevante. Nesse caso, na minha opinião, não se justifica.
Tal como em muitos outros aspectos, é muito importante que se registem, analisem e tomem medidas em relação a todas as Não Conformidades. Os dados relativos a Não Conformidades devem ser tratados (apuradas quantidades, motivos, repetições, custos, etc.). O resultado desse tratamento permite que a Organização conheça a sua realidade e decida quais as situações que não se podem repetir. Para essas abre Acções Correctivas, ou seja vai atrás das causas.
segunda-feira, 24 de março de 2008
Prometido é devido...
domingo, 16 de março de 2008
Didaskou recebe prémio
Fala-se do Qualidade para Principiantes do outro lado do atlântico...
Espreite este fabuloso blog. Além da referência a Qualidade para Principiantes vai encontrar artigos muito interessantes e úteis sobre a temática da Qualidade.
http://qualiblog.wordpress.com/2008/03/16/resenha-qualidade-para-principiantes
quarta-feira, 5 de março de 2008
Alegria de Viver
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Agradecer Reclamações
... para sermos bem sucedidos precisamos agir a cada dia da forma certa. E do nosso ponto de vista, a forma como agimos a cada dia é a certa.
Assim sendo, normalmente continuamos no medianismo e contentamos-nos com ele. Até porque, também não temos a consciência clara dos pontos onde errámos. E nem sequer que errámos!·
Se alguém nos identificar os nossos erros, está a dar-nos a oportunidade de podermos ser melhores.
E essa é uma forma, senão a melhor forma, de atingir o sucesso.
Ao transmitir-nos uma reclamação o cliente está a proporcionar-nos a oportunidade de sermos melhores, pelo que, a primeira resposta que lhe devemos é o nosso agradecimento.·Este agradecimento torna-se ainda mais pertinente pelo facto de sabermos que está demonstrado que 96% dos clientes insatisfeitos não reclamam; “batem com a porta e vão embora“.·Esses Clientes partem do princípio que a obrigação de qualquer Organização é não falhar, logo nem sequer tem que nos informar do que quer que seja.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Novamente o Manual da Qualidade
Se o leitor achar útil poderei incluir um exemplo num próximo artigo, é só dizer-me através de um comentário.
Mas para já, vamos à definição dos conteúdos.
Como já referi, se quisermos levar a simplificação ao extremo o Manual da Qualidade, de acordo com a NP EN ISO 9001:2000, poderia conter somente três folhas com os temas:
- campo de aplicação (incluindo exclusões, se existirem)
- procedimentos documentados a que obriga esta Norma ou referência a eles
- descrição e interacção de processos
O leitor sabe que sou defensora da simplificação, mas neste caso penso ser importante incluir algo mais.
Após análise das orientações da NP 4433:2005 (já referidas no primeiro artigo sobre o Manual da Qualidade) eu optaria por constituir o Manual da Qualidade com dois capítulos (1 e 2) sub-divivido em secções. Algo deste género:
(Gostaria de deixar claro que isto é um exemplo! E somente isso.)
0. Introdução
0.1 Índice e Lista de Versão em Vigor
1. Apresentação da Organização
1.1. Actividade e Breve Historial
1.2. Organização, Responsabilidades e Autoridades
1.3. Definições e Abreviaturas
2. Apresentação do SGQ
2.1. Campo de Aplicação
2.2. Politica e Objectivos da Qualidade
2.3. Apresentação dos Processos e Suas Interacções
2.4. Lista de Procedimentos Documentados
Como se vê estou a introduzir pontos que não estão previstos nas Normas que referenciadas, nomeadamente: Actividade e Breve Historial, Definições e Abreviaturas.
Do meu ponto de vista, são importantes para conhecer a Organização e o enquadramento do Sistema.
O motivo da introdução da secção 1.1 penso que é claro. Na secção 1.3 pretendo colocar as específicas da Organização em causa. A maior parte das Organizações utiliza linguagem específica da sua actividade, que as pessoas do exterior não entendem e que é importante esclarecer.
E agora, é só "por mãos à obra" e escrever capítulo a capítulo no formato por si definido.
Bom trabalho!
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Saudades...
E já agora recordar...
COIMBRA
Está quase vendido!!! Obrigado! Mesmo!
É muito bom poder contar convosco.
Sim eu sei... Se pode pensar, pode realizar
A maioria de nós sabe e acredita que uma atitude positiva perante a vida faz quase tudo.
Já dizia a minha avó que "tristezas não pagam dividas." E acrescento eu, que além de não pagarem dividas complicam a vida de quem nos rodeia. Obviamente se esse quem nos rodeia deixar!
Mas... isto do "pense realize" resulta. Eu acredito. Mesmo! Mas também não simplifiquem demais.
Nós não aprendemos isto na escola! Não aprendemos a visualizar sonhos de forma objectiva, não aprendemos a pensar positivo, não aprendemos a meditar...
E embora não seja apologista de que "burro velho não aprende lição", a verdade é que mudar hábitos custa mais quando somos mais velhos.
Como tudo na vida, pensar de forma positiva, meditando, visualizando, etc. implica treino. É necessário treinar, treinar, treinar, treinar,...
Mas... cá por mim vou treinando que eu quero realizar. Porque sonhar... já sonhei. Provavelmente ainda não deixei o sonho tão claro quanto é necessário para que se realize.
Mas hei-de lá chegar!
Ah... não me esqueci de terminar a questão do Manual da Qualidade... Hei-de voltar ao tema em breve.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Elaborar o Manual da Qualidade
De qualquer forma existem orientações/obrigações estabelecidas quer na NP EN ISO 9001:2000 – Sistemas de Gestão da Qualidade. Requisitos. quer em outras normas relacionadas com os Sistemas de Gestão da Qualidade. Neste artigo, além da 9001 vou referir-me à Norma Portuguesa NP 4433:2005 – Linhas de Orientação para a Documentação de Sistemas de Gestão da Qualidade, por me parecer serem mais adequadas.
“A organização deve estabelecer e manter um manual da qualidade que inclua:
a) o campo de aplicação do sistema de gestão da qualidade, incluindo detalhes e justificações para quaisquer exclusões (veja-se 1.2);
b) os procedimentos documentados estabelecidos para o sistema de gestão da qualidade, ou referência aos mesmos;
c) a descrição da interacção entre os processos do sistema de gestão da qualidade.”
Se quisermos interpretar este texto à letra poderemos ter um Manual da Qualidade com três folhas: uma com o Campo de Aplicação, outra com a referência aos Procedimentos documentados e outra com a descrição e interacção dos processos.
Pois… mas não me parece adequado sintetizar tanto.
E aos elementos da comissão técnica que desenvolveu a Norma NP 4433:2005 também não. Pelo menos é o que podemos deduzir do seu texto.
“ Um manual da Qualidade é exclusivo de cada Organização. …
…
…
No Manual da Qualidade deverão ser incluídas informações acerca da organização, …. “
Vamos então analisar esta última:
Ser exclusivo da Organização, penso que não oferece dúvidas. “Pegar” num Manual de uma qualquer Organização, mudar o nome e considerar que passou a ser da sua… não é uma boa táctica. O Manual da Qualidade deve falar da sua Organização. E sem querer exagerar as Organizações, tal como as pessoas, são únicas.
É também referido que deve incluir informações acerca da Organização. Compreensível, penso. Quem lê precisa ter elementos suficientes para, com base nisso, poder ter uma ideia concreta sobre a organização
Entrando em detalhe, na NP 4433: 2005 é sugerido que o Manual da Qualidade inclua:
- título e campo de aplicação,
- índice,
- verificação, aprovação e revisão,
- política e objectivos da qualidade,
- organização, responsabilidades e autoridade,
- referências,
- descrição do Sistema de gestão da Qualidade e
- anexos.
Se analisarmos, é sugerido o suficiente para que seja possível identificar quem é a Organização, como está estruturada (em termos gerais e em especifico no que se refere ao Sistema de Gestão da Qualidade), o que faz, …
Agora que já analisamos as exigências das normas, passemos à concretização.
O primeiro passo é definir o formato da folha que vai usar. Como vai elaborar o Manual? Em folhas brancas? Folhas com logótipo da Organização? Em A5, A4, …? Com que letra? Com alguma informação repetida em todas as folhas?
E mais… vai paginar o Manual todo de seguida ou por capítulos? Se optar por paginar tudo de seguida… sempre que tiver que fazer uma alteração na página quinze que inclua redução ou aumento de texto… vai alterar o número total de páginas… logo… por uma pequena alteração vai ter que alterar o Manual todo.
Sim, sei… parece um preciosismo! Pois… mas na prática não é. Se não definir todas estas coisas… corre o risco de se esquecer de paginar, de colocar revisões, (e o ponto 4.2 da NP EN ISO 9001:2000 – Sistemas de Gestão da Qualidade. Requisitos - obriga-me a controlar a documentação relevante, ou seja a saber sempre qual é a versão actual), etc.
Claro que existem muitos Manuais que não tem formato de folha definida (e na realidade nada obriga a isso), mas por uma questão de clareza e imagem penso que é aconselhável.
Se reparar as próprias Normas publicadas pelo Instituo Português da Qualidade, também são apresentadas de forma uniforme.
E para que este artigo não fique muito extenso, vou concluí-lo aqui, com a promessa de continuar este tema nos próximos.
Melhorar é condição para o sucesso!
"Se só fizer aquilo que sempre fez, só obterá aquilo que sempre obteve.
Se o que está a fazer não está a dar resultado, faça outra coisa”
Joseph O’Connor e John Seymour
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
A Complexidade (ou simplicidade) da Documentação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)
Há alguns anos atrás dizia-se que um sistema de Gestão da Qualidade podia ser definido com pela expressão: «Diga o que faz, faça como diz e prove que o faz.»
Esta expressão deixou de fazer sentido à medida que as Normas relativas a Sistemas de Gestão da Qualidade e suas relacionadas foram sendo revistas incluindo uma cada vez menor exigência no que se refere à documentação.
As últimas revisões, tiveram, entre outros objectivos, a aproximação das Normas à realidade das Organizações tentando encontrar um equilíbrio entre a necessidade de simplificar o Sistema e a necessidade de o mesmo ser capaz de provar que é conforme com os requisitos.
Neste contexto, tem vindo a ser reduzida a necessidade de dizer o que se faz, ou seja, de ter procedimentos documentados para todas as clausulas da Norma e/ou para todas as actividades. Hoje os assuntos que exigem procedimento documentado (escrito) são simplesmente seis. Todos os restantes, poderão ou não ser escritos dependendo da dimensão da Organização e da complexidade das actividades que desempenha.
Já no que se refere ao faça como diz é necessário que a Organização mais do que fazer como diz, faça (cumpra) de forma a cumprir com as clausulas da Norma. Embora só seja necessário definir Procedimento escrito para seis delas, é necessário cumprir com todas (salvo as exclusões, se existirem).
A última parte da expressão que usei para abrir este tema mantém-se, ou seja, continua a ser necessário que prove que o faz. Neste caso prove que cumpre com as cláusulas.
Como se depreende do que acabo de referir a carga burocrática que sempre tem sido atribuída aos Sistemas de Gestão da Qualidade está hoje muito reduzida.
Logo na sua primeira sub-claúsula(4.2.1) pode ler-se:
A documentação do sistema de gestão da qualidade deve incluir:
a) declarações documentadas quanto à política da qualidade e aos objectivos da qualidade;
b) um manual da qualidade;
c) procedimentos documentados requeridos por esta Norma;
d) documentos necessários para a organização assegurar o planeamento, a operação e o controlo eficazes dos seus processos;
e) registos requeridos por esta Norma (veja-se 4.2.4).
NOTA 1: Onde aparecer o termo “procedimento documentado” nesta Norma, quer-se dizer que o procedimento está estabelecido, documentado, implementado e mantido.
Nota 2: A extensão da documentação do sistema de gestão da qualidade pode diferir de uma organização para outra devido:
a) à dimensão da organização e tipo de actividades;
b) à complexidade dos processos e suas interacções;
c) à competência do pessoal.
NOTA 3: A documentação pode ter qualquer formato ou tipo de suporte.
Como se pode verificar as obrigatoriedades relativamente à documentação são apenas 5 alíneas.
Em termos de quantidade, não se levantam grandes problemas. A única questão que normalmente se levanta é a de saber como realizá-las.
Do meu ponto de vista o primeiro de todos os truques é o uso dos acessórios adequados.
Não sei se leu o meu primeiro livro,… nele referi uma das minhas maiores convicções: os profissionais da Qualidade devem usar as Normas como acessórios, sem os quais não podem sair à rua.
Estes acessórios dão-lhe o conhecimento necessário para poderem simplificar a implementação do sistema e para poderem discutir de forma fundamentada. É sem dúvida uma mais valia quer perante as organizações com quem colaboram quer perante as entidades externas com quem se relacionam.
sábado, 5 de janeiro de 2008
É possível implementar um Sistema de Gestão da Qualidade numa Pequena/Média Organização?
A maioria dos gestores de pequenas e médias organizações pensa não ter estrutura, meios e conhecimentos suficientes para concretizar tal projecto. Uma pequena parte disto é verdade. O resto… bom o resto permitam-me que discorde.
Estrutura? Possuem a estrutura suficiente para produzir um serviço e/ou um produto que satisfaça os seus clientes? Então tem estrutura para implementar um Sistema de Gestão da Qualidade. Esta implementação não tem obrigatoriamente que ter uma maior estrutura. E meios? Idem idem, “ ”. Não lhe parece verdade? Há relativamente pouco tempo, colaboro com uma organização constituída por uma só pessoa. Surpreenda-se; esta Organização foi certificada no âmbito da Qualidade em Fevereiro de 2007. Anexo no final deste artigo o seu testemunho.
Iniciei no passado mês, outro projecto de dimensão idêntica. Deixem-me confidenciar-vos que estes projectos são super-motivadores.
O que de facto é verdade é que uma boa parte das pequenas e médias organizações não possui colaboradores com conhecimentos específicos na área da Qualidade. E mesmo que eventualmente possua algum colaborador com esses conhecimentos, a verdade é que uma pmo não pode “dispensar” um dos seus profissionais para se ocupar exclusivamente do Sistema de Gestão da Qualidade. E… diga-se em abono da verdade que, a não ser na fase de definição do SGQ, também não é necessário.
Como já referi noutras oportunidades o Sistema de Gestão da Qualidade deve estar inserido no Sistema de Gestão da Organização e assim sendo ao Gestor da Qualidade cabe, seguir, monitorizar, desenvolver, melhorar, dinamizar… enfim liderar. É como se depreende uma função interessante que consiste essencialmente em “levar as pessoas a fazer mais e melhor”.
Mas, terá uma pmo ocupação para um profissional da Qualidade a tempo inteiro? Pois dependerá da dimensão dessa pmo, da complexidade da sua actividade, etc., … mas o mais provável é que não tenha.
E se estivermos a falar de uma micro-organização? Por exemplo uma organização com uma pessoa? Aqui não existem dúvidas! E se esta única pessoa desta organização não tiver conhecimentos na área da Qualidade? Está condenada a não poder implementar um SGQ?
Não me parece!
E se fosse possível a esta Organização encontrar um Gestor da Qualidade que pudesses desempenhar esta função à medida da sua organização, ou seja somente no tempo necessário/adequado ao trabalho existente? Alguém que lhe transmitisse os conhecimentos necessários, que lhe ajudasse a definir o sistema, a implementá-lo, a segui-lo, a monitorizá-lo, a melhorá-lo, … no fundo a ser o “tutor” para a Qualidade da organização?
É gestor de uma pmo? Parece-lhe interessante esta ideia? Pelo menos ponderável?
Se sim… entre em contacto, poderemos falar melhor sobre ela.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
A nossa mania dos estrangeirismos
Já me parece um bocado estranho que chamemos Blog a um local onde conseguimos arquivar os nossos textos. Isso já me custa um pouco. Mas que, entrando no Blog tenhamos que lidar com "posts" e "tags"... Porque fazemos isto com quase tudo?
Estamos em Portugal! Porque não dizemos simplesmente "artigos"? É tão vergonhosa assim a palavra artigo? É algo de difícil compreensão?
AH, espera, já sei: não temos uma palavra que traduza claramente o significado de post. Já ouvi essa vezes sem conta! E não me parece!
Porque será que nós achamos que utilizando estes termos damos aos outros a ideia de sermos mais conhecedores?
A maioria dos nossos formadores e professores, dos nossos jornalistas e políticos e dos restantes cidadãos, entra neste jogo. Entra e esquece-se que nem todas as pessoas têm que conhecer todas as siglas (que muitas vezes referem sem explicar a que se referem), todos os estrangeirismos e afins...
Quando querem mostrar que sabem muito acabam por fazer com que muita gente não os entenda...
Acredito que tenham os seus motivos, que provavelmente, eu que sou loura, não entendo!
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho para a Administração Pública
Há dias ouvi noticiar que dos 308 Municípios Portugueses apenas 8 implementaram o SIADAP. Os restantes… não sabemos…
Os motivos? Bom os motivos serão muitos e nem sequer me passa pela cabeça questioná-los. Para a maioria das pessoas que pertence à Administração pública é tudo novo. E acima de tudo é diferente. E esta coisa de mudar… é complicado para todos nós. Ficamos muito desconfortáveis quando nos pedem para fazer as coisas de forma diferente daquela que estamos habituados!... No campo das hipóteses imagine que a partir de 30 Dezembro de 2008 vamos ter que passar a conduzir pelo lado esquerdo…
“Como é que pode ser? Isso é impossível!” – Acredito que lhe tenha ocorrido alguma expressão deste género.
Mas… será mesmo impossível? Não, não é. Todos sabemos que em alguns países se conduz pelo lado esquerdo. Mas nós sempre conduzimos pelo lado direito. E se for necessário mudar vamos precisar de formação, de fazer algumas adaptações nos veículos e nas vias e acima de tudo de motivação para o fazer.
Acredito que a maioria dos leitores, pense que isso do SIADAP é impossível. Pois bem… é uma mudança muito significativa que implica a aprendizagem e/ou melhoria de metodologias, atitudes, comportamentos, …
Mas… deixem-me acreditar; estou convencida que pode operar melhorias significativas na prestação de serviços da Administração Pública, da qual todos somos clientes.
domingo, 23 de dezembro de 2007
Diferenças (ou semelhanças!) das Instituições Públicas / Organizações Privadas
Tenho que admitir que têm sido experiências bem diferentes daquelas a que estava habituada! Diferente na missão da Organização, nas metodologias de gestão adoptadas, na forma de estar das pessoas, nos meios e até nos Clientes.
O Primeiro dos desafios foi o de entender toda a lógica de funcionamento de uma Junta de Freguesia: o que fazem; como fazem; quando fazem; porque fazem e acima de tudo para quem fazem.
O segundo e não menos importante é o de aplicar a uma Organização tão diferente metodologias tão comuns como as previstas nas Normas de Implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade.
A primeira tarefa consiste em desmistificar esta diferença. Será que uma Freguesia é assim tão diferente de uma qualquer organização privada?
Analisemos em traços muito, muito gerais.
A existência das organizações privadas está condicionada à existência de clientes. Elas sabem que todo o seu negócio deve estar focado no cliente. Da sua satisfação depende a sobrevivência da Organização
E as Juntas de Freguesia? De acordo com a legislação Portuguesa às Freguesias compete a realização de um conjunto de actividades bastante diversificado. Existem para prestar um serviço ao freguês. E ao contrário do que possa parecer, a existência (ou não) deste freguês também põe em causa a existência da freguesia. Se não existissem fregueses que necessitassem de atestados, ofícios, certidões de óbito, licenças de canídeos, gatídeos ou outras…
Como sabemos os sistemas de gestão da qualidade só fazem sentido tendo o cliente como “centro”. Toda a Organização deve melhorar tendo em vista a maior satisfação do cliente. E este “centro” existe e tem a mesma importância quer estejamos a falar duma empresa privada quer duma Junta de Freguesia.
A primeira diferença afinal… não existia! E todas as outras que lhe possam ocorrerem, … provavelmente também não.
As Juntas de Freguesia têm uma actividade específica. O mesmo acontece com as organizações privadas. Mas…isso em nada impede a implementação das Normas relativas a Sistemas de Gestão da Qualidade. Muito antes pelo contrario. A aplicação das Normas e dos seus conceitos melhora significativamente a qualidade final dos serviços prestados. Se tiver dúvidas veja o que diz quem já experimentou.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Boas Festas
domingo, 16 de dezembro de 2007
As auditorias da Entidade Certificadora (de 3ª parte)
À auditoria externa da Entidade Certificadora não poderei referir-me do ponto de vista da sua realização nem tão pouco das qualificações e competências exigidas aos auditores. Sobre isso é suficientemente clara a norma NP EN ISO 19001:2003 - Linhas de Orientação Auditorias a Sistemas de Gestão da Qualidade e/ou Gestão Ambiental.
Vou referir-me somente à forma como eu a vejo. Para mim a auditoria da qualidade Externa, entenda-se da entidade certificadora, tem dois objectivos fundamentais:
- verificar, aferir da conformidade do Sistema;
- reforçar o papel da auditoria interna.
No que toca a este ultimo ponto ele é especialmente importante na resolução das Não Conformidades cuja complexidade impede a sua resolução rápida.
Para mim os auditores externos são aliados que reforçam a defesa dos nossos interesses. Sempre que existem assuntos de difícil implementação tenho por habito solicitar ao auditor externo que os aborde.
É verdade que normalmente lhe indico a “oportunidade” de encontrar Não Conformidades mas ganho também um aliado, neste caso de peso, na defesa dos interesses da Organização.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Finalidade deste blog
sábado, 1 de dezembro de 2007
E seguiram-se outros eventos...
O livro é somente uma boa desculpa para falar, para apresentar, para debater ideias sobre uma temática que tanto precisa de conversa. Ou melhor que tanto precisa de ser debatida e esclarecida.
As salas estiveram cheias e a receptividade foi muito interessante.
A sessão de Oleiros foi dinamizada com uma mini-peça de teatro denominada "os patos e as águias" que deixou todos de boca aberta. Fui passageira nesta peça e tive um taxista muito especial!
http://www.cm-oleiros.pt/noticias/noticias.php?arquivo=&categoria=1&pagina=4
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
QUALIDADE PARA PRINCIPIANTES
18 de Setembro de 2007
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Teatro na formação
Ajudar os outros a fazer melhor passa por falar com eles sobre as metodologias que utilizam. Implica ouvir, questionar, sugerir, partilhar, pensar em conjunto, exemplificar, apoiar na realização, … enfim se quisermos dizer numa palavra implica formar ou crescer.
Talvez esteja a querer que a palavra formar seja muito abrangente… Na minha opinião acho que não.
Parece-me um pouco redutor atribuir à palavra formar o significado de transmitir conhecimentos.
Muitas vezes esta atribuição de significado leva-nos a imaginar que receber formação significa entrar numa sala, sentar numa cadeira e escutar o que alguém tem a dizer (obviamente que de uma forma séria e sisuda, porque com a formação não se brinca!) sobre determinado assunto.
Lamento se não posso concordar. Eu aposto antes noutra metodologia. Naquela que trata assuntos sérios divertindo-se, ou seja jogando, assistindo a mini-peças de teatro, ouvindo parábolas, …
Não nos recordamos ainda hoje, das brincadeiras da nossa infância? Dos jogos, dos exercícios, das partidas, dos desafios?
A maioria de nós lembra. E jamais esquecerá!
Estamos a falar do nosso crescimento físico, intelectual, emocional…, que me parece ser o assunto mais sério da nossa vida.
Todos nós crescemos brincando.
Porque não podemos então aprender (crescer) brincando? Que tal experimentar? Será que não nos íamos recordar para sempre?
Imagine que vai assistir a uma acção de formação e além do formador encontra o elenco de uma peça de teatro, alegre e divertida sobre o tema que se tinha proposto aprender?
Acredite em mim, vai lembrar-se de tudo o que ouviu para o resto da vida!