Está neste momento em curso mais uma revisão, na minha opinião forçada, da ISO 9001.
Gostava de ter muita coisa para partilhar sobre o assunto mas, na verdade o que está em cima da mesa nesta etapa da revisão (CD) é muito pouco.
Em 2020, data em que deveria ter iniciado a revisão existiram opiniões que defendiam que o momento não era o mais oportuno, entre outros motivos porque a revisão de 2015 foi muito profunda e as empresas precisam de mais tempo para consolidar a implementação dos novos requisitos.
Entretanto, sem que eu tenha percebido porquê, começam a fazer-se questionários para decidir se rever ou não, argumentando que existiam muita necessidade de alterar para introduzir temas considerados muito relevantes: gestão da cadeia de abastecimento, gestão da mudança, sustentabilidade, tratamento de riscos, conhecimento organizacional,...".. Alguns dos quais já lá estão hoje,... E lá se começou a revisão.
Fiquei sem palavras quando afinal percebo que as alterações propostas, neste momento, são quase nada.
E sobre a revisão em concreto, neste momento, o mais relevante a dizer é que está a decorrer.
Houve, no entanto, muita urgência em publicar uma adenda que acrescenta à cláusula 4.1 a necessidade da organização avaliar se as alterções climáticas tem impactos no seu Sistema.
Não vejo nenhuma necessidade, porque na minha perspectiva já lá está.
A cláusula 4.1 obriga as organizações a determinar questões internas e externas positivas e negativas.
Se as organizações fizerem uma análise séria, se as alterações climáticas tiverem impacto no seu negócio já serão consideradas como uma questão e tomadas as ações necessárias. Se a organização não fizer uma análise séria desta cláusula, também não vai fazer só porque vem uma frase nova a dizer que devem pensar no assunto.
Não me faz sentido esta necessidade de acharmos que só porque se escrevem palavras o milagre acontece.
Mas enfim, é o que é. Alguns diriam: aceita que dói menos.
