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sexta-feira, 3 de julho de 2020

Um tema pouco amado...

Avaliação da eficácia da formação. 

 Em palavras simples, avaliar a eficácia da formação significa avaliar a totalidade dos impactos decorrentes da formação: que reacções, que aprendizagens, que comportamentos e que resultados. Só depois de avaliar estes quatro elementos se pode dizer que a avaliação da eficácia da formação foi realizada.

 Na prática implica:

 1 - Formandos e formadores avaliam a forma como decorreu a acção - normalmente através de questionários, entrevistas,...

 2 - Avaliação das aprendizagens - os formandos adquiram os saberes que estavam previstos nos objectivos? - testes escritos, avaliação ao longo da acção, role playing ..., com comparação entre o antes e o depois

 3 - Avaliação dos comportamentos dos participantes - o que mudou no comportamento dos formandos e em que medida essa mudança contribuiu para o atingimento dos objectivos de desempenho. - Questionários, observação hierarquia, - com comparação entre o antes e o depois

 4 - Avaliação dos resultados - qual o impacto da formação nos resultados da organização - indicadores de desempenho, ... 

 Tanto quanto sei a maioria das organizações não cumpre com estes quatro passos.

 Eu pessoalmente realizo sempre as três primeiras.

Para a terceira, como já referi noutro artigo costumo fazer o seguinte: Crio um formulário com duas tabelas com as seguintes colunas: objectivo, e avaliação (de 1 a 4). Preencho as tabelas com os objectivos do curso. Os objectivos são iguais na primeira e na segunda.

Antes do colaborador ir à formação, ele e a sua chefia fazem uma avaliação do seu desempenho em relação a cada um dos objectivos, preenchendo a primeira tabela. Algum tempo (a definir caso a caso) depois da formação colaborador e chefia voltam a fazer uma avaliação do seu desempenho em relação a cada um dos objectivos, preenchendo a segunda tabela. Comparando as duas tabelas é possível compreender se a formação foi ou não eficaz.

A existir procedimento documentado para a formação é importante que  descreva todas as fases atrás referidas.

De facto a avaliação da formação só fica completa depois de cumpridas as várias fases.

No entanto cada fase avalia coisas diferentes. Quando pedimos aos formandos para manifestarem a sua opinião sobre a formação, o formador, a sala, os meios,... estamos a avaliar a forma como ela foi realizada(se os meios e o tempo foram os adequados) e a prestação do formador.

Quando pedimos ao formador que se manifeste sobre os formandos, estamos a avaliar os formandos - o interesse que demonstraram, a sua participação, a pontualidade,... depende o que perguntamos,... mas é sempre em relação aos formandos.

Quando pedimos às hierarquias que se manifestem sobre o impacto que a formação teve nos seus colaboradores estamos a avaliar a eficácia da formação, ou seja que resultados teve a formação. Só é possível tirar conclusões se fizermos esta avaliação antes da formação e algum tempo depois(este tempo é variável consoante o tema).

 Caso contrário não consigo comparar entre o "antes" e o "depois".

 Resumindo: o conjunto das várias fases é o resultado da avaliação da formação, mas cada fase avalia coisas diferentes. 


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Avaliação da Eficácia da formação

Boa tarde,

A avaliação da eficácia é de facto um tema complexo, de que forma a definição de critérios é compatível com a norma OHSAS 18001? Esta norma estabelece que a formação relacionada com Higiene e Segurança devem ser avaliada. Se definirmos critérios como a carga horária e deixarmos algumas formações sobre esta matéria de fora estamos em incumprimento da norma?

Obrigado!





Olá,


Embora não trabalhe todos os dias com a OHSAS 18001  penso que ela obriga as organizações a identificarem necessidades de formação associadas aos riscos para a segurança e ao Sistema de gestão da segurança. Poderão ser sobre higiene e segurança ou outras. Também refere que deve ser avaliada a eficácia das acções desenvolvidas.


Não diz como nem poderia dizer, pois cada realidade é um caso.


A exigência da 9001 é a mesma que existe na 18001, por isso a forma de tratar o tema pode ser a mesma.


Não entendo a questão do critério,... Para fazer a avaliação da eficácia por amostragem?


Na verdade a generalidade das entidades certificadoras defende que devem ser avaliadas todas as acções realizadas.


Na minha opinião, como já tenho referido,  cada caso é um caso; as empresas são todas diferentes, o volume de formação que fazem é diferente, os métodos são diferentes ...


Existem situações em que a amostragem pode ser defensável outros nem por isso. Por exemplo uma empresa que faz 2 ou 3 acções de formação por ano para meia dúzia de colaboradores não faz muito sentido falar de amostragem.


Agora uma empresa que faz milhares de horas de formação ano, talvez já faça.


Ou seja, não consigo dizer sim ou não, depende da realidade. E mesmo assim ainda vai depender do olhar de quem audita :)