quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho para a Administração Pública

Muita tinta têm corrido sobre o Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho para a Administração Pública (SIADAP).

Há dias ouvi noticiar que dos 308 Municípios Portugueses apenas 8 implementaram o SIADAP. Os restantes… não sabemos…

Os motivos? Bom os motivos serão muitos e nem sequer me passa pela cabeça questioná-los. Para a maioria das pessoas que pertence à Administração pública é tudo novo. E acima de tudo é diferente. E esta coisa de mudar… é complicado para todos nós. Ficamos muito desconfortáveis quando nos pedem para fazer as coisas de forma diferente daquela que estamos habituados!... No campo das hipóteses imagine que a partir de 30 Dezembro de 2008 vamos ter que passar a conduzir pelo lado esquerdo…

“Como é que pode ser? Isso é impossível!” – Acredito que lhe tenha ocorrido alguma expressão deste género.

Mas… será mesmo impossível? Não, não é. Todos sabemos que em alguns países se conduz pelo lado esquerdo. Mas nós sempre conduzimos pelo lado direito. E se for necessário mudar vamos precisar de formação, de fazer algumas adaptações nos veículos e nas vias e acima de tudo de motivação para o fazer.

Acredito que a maioria dos leitores, pense que isso do SIADAP é impossível. Pois bem… é uma mudança muito significativa que implica a aprendizagem e/ou melhoria de metodologias, atitudes, comportamentos, …


Mas… deixem-me acreditar; estou convencida que pode operar melhorias significativas na prestação de serviços da Administração Pública, da qual todos somos clientes.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Diferenças (ou semelhanças!) das Instituições Públicas / Organizações Privadas

Este ano, tive o privilégio de participar em vários projectos com autarquias. Uns para implementação do SIADAP – Sistema Integrado de Avaliação da Administração Pública (câmaras Municipais), outros para implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade (Juntas de Freguesia). Falarei, neste artigo dos últimos.

Tenho que admitir que têm sido experiências bem diferentes daquelas a que estava habituada! Diferente na missão da Organização, nas metodologias de gestão adoptadas, na forma de estar das pessoas, nos meios e até nos Clientes.

O Primeiro dos desafios foi o de entender toda a lógica de funcionamento de uma Junta de Freguesia: o que fazem; como fazem; quando fazem; porque fazem e acima de tudo para quem fazem.

O segundo e não menos importante é o de aplicar a uma Organização tão diferente metodologias tão comuns como as previstas nas Normas de Implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade.

A primeira tarefa consiste em desmistificar esta diferença. Será que uma Freguesia é assim tão diferente de uma qualquer organização privada?

Analisemos em traços muito, muito gerais.

A existência das organizações privadas está condicionada à existência de clientes. Elas sabem que todo o seu negócio deve estar focado no cliente. Da sua satisfação depende a sobrevivência da Organização

E as Juntas de Freguesia? De acordo com a legislação Portuguesa às Freguesias compete a realização de um conjunto de actividades bastante diversificado. Existem para prestar um serviço ao freguês. E ao contrário do que possa parecer, a existência (ou não) deste freguês também põe em causa a existência da freguesia. Se não existissem fregueses que necessitassem de atestados, ofícios, certidões de óbito, licenças de canídeos, gatídeos ou outras…

Como sabemos os sistemas de gestão da qualidade só fazem sentido tendo o cliente como “centro”. Toda a Organização deve melhorar tendo em vista a maior satisfação do cliente. E este “centro” existe e tem a mesma importância quer estejamos a falar duma empresa privada quer duma Junta de Freguesia.

A primeira diferença afinal… não existia! E todas as outras que lhe possam ocorrerem, … provavelmente também não.

As Juntas de Freguesia têm uma actividade específica. O mesmo acontece com as organizações privadas. Mas…isso em nada impede a implementação das Normas relativas a Sistemas de Gestão da Qualidade. Muito antes pelo contrario. A aplicação das Normas e dos seus conceitos melhora significativamente a qualidade final dos serviços prestados. Se tiver dúvidas veja o que diz quem já experimentou.



















segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Boas Festas


Como eu sou do tempo do Menino Jesus, a imagem não poderia ser outra...



Desejo aos Visitantes deste Blog um Natal e um Ano Novo com muita, muita Qualidade!


Feliz 2008!


domingo, 16 de dezembro de 2007

As auditorias da Entidade Certificadora (de 3ª parte)

À auditoria externa da Entidade Certificadora não poderei referir-me do ponto de vista da sua realização nem tão pouco das qualificações e competências exigidas aos auditores. Sobre isso é suficientemente clara a norma NP EN ISO 19001:2003 - Linhas de Orientação Auditorias a Sistemas de Gestão da Qualidade e/ou Gestão Ambiental.

Vou referir-me somente à forma como eu a vejo. Para mim a auditoria da qualidade Externa, entenda-se da entidade certificadora, tem dois objectivos fundamentais:

  • verificar, aferir da conformidade do Sistema;
  • reforçar o papel da auditoria interna.

No que toca a este ultimo ponto ele é especialmente importante na resolução das Não Conformidades cuja complexidade impede a sua resolução rápida.

Para mim os auditores externos são aliados que reforçam a defesa dos nossos interesses. Sempre que existem assuntos de difícil implementação tenho por habito solicitar ao auditor externo que os aborde.

É verdade que normalmente lhe indico a “oportunidade” de encontrar Não Conformidades mas ganho também um aliado, neste caso de peso, na defesa dos interesses da Organização.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Finalidade deste blog

Disse no primeiro artigo que a principal finalidade deste blog era falar-vos de coisas que gosto de fazer profissionalmente.
Este é de facto um dos seus objectivos. Mas... como sabem os objectivos vão sendo adaptados em função das circunstâncias.
Hoje, penso que este blog pode fazer muito mais. E eu quero que faça muito mais.
Ajudar os outros a fazer melhor é uma tarefa muito interessante e é por isso que a formação e a consultoria me fascinam tanto.
Mas... existem aqui duas coisas não menos importantes:
1- só podemos ajudar se nos mantivermos permanentemente actualizados quer na evolução dos conteúdos quer das técnicas
2 - mesmo que estejamos actualizados não é possível chegar a todas as organizações e pessoas.
E foram estes dois motivos que me levaram a desenhar mais um objectivo para este blog: ser um ponto de discussão, partilha de ideias e esclarecimento sobre a temática da Qualidade.
Eu comprometo-me, dentro daqui que a minha agenda comportar, a "abrir temas" e a responder a questões que eventualmente queiram colocar e que eu saiba esclarecer....
É que... eu não sei tudo!!!!
Mas com a ajuda de todos este "ponto de encontro" pode tornar-se muito interessante.
Conto com a Vossa participação.
Obrigado.

sábado, 1 de dezembro de 2007

E seguiram-se outros eventos...

O livro é somente uma boa desculpa para falar, para apresentar, para debater ideias sobre uma temática que tanto precisa de conversa. Ou melhor que tanto precisa de ser debatida e esclarecida.

E foi essa desculpa que usei para oferecer umas mini-acções de formação designadas "sensibilização para a Qualidade".

Foram abordagens muito simples e muito divertidas, penso. A intenção é despertar aos presentes a vontade de querer saber mais sobre o tema. Acreditem que vale a pena!
Tiveram lugar em vários locais (Câmara Municipal de Oleiros, Freguesia de Monte Abraão, Freguesia de Montelavar,...)

As salas estiveram cheias e a receptividade foi muito interessante.


A sessão de Oleiros foi dinamizada com uma mini-peça de teatro denominada "os patos e as águias" que deixou todos de boca aberta. Fui passageira nesta peça e tive um taxista muito especial!





http://www.cm-oleiros.pt/noticias/noticias.php?arquivo=&categoria=1&pagina=4