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domingo, 7 de março de 2010

Mudar de Vida,... mais uma vez!

Há uns tempos atrás falava-lhe da minha decisão de mudar de vida. Se bem se lembra, na altura passei a dedicar-me em exclusivo às actividades de Formação, Consultoria e Auditoria, como Profissional Liberal.

Falava de esperanças, da opção pelo exercício de funções que gosto muito, da liberdade de poder decidir sobre o meu trabalho, … e comprometi-me a trazer aqui a evolução da situação.

Está na altura de partilhar convosco alguns sentimentos:

- É de facto muito bom ter a sensação que sou “dona” de mim própria. Em tudo na vida. Mas profissionalmente também!

- É de facto muito mau, pelo menos muito stressante, não ter ordenado assegurado. Pelo menos para pessoas que gostam de ter tudo sob controlo, como é o meu caso.

- Tal como esperava a formação fascina-me. Gosto muito de partilhar conhecimentos, de conhecer pessoas novas, de aprender coisas todos os dias. Esta parte é fantástica!

Mas,... tirando a parte da satisfação pessoal, não existe formação para fazer todos os dias – talvez porque também só aceito fazer temas que domine muito bem, quer do ponto de vista teórico quer do ponto de vista prático.

E em contrapartida existem contas para pagar todos os dias...

‒ Auditoria – idem aspas. É bom, mas não se faz todos os dias.

‒ A consultoria, têm associadas muito mais dores de cabeça do que inicialmente esperei. Faço o meu trabalho enquanto estou no cliente e volto para casa com os problemas deles - as reuniões pesadas, a falta de tempo, as tristezas e lutas, as conversas desagradáveis(mesmo que não sejam comigo), as guerras de palavras, … tudo. Infelizmente não tenho feitio para desligar.

Há uns tempos atrás manifestei-me, num dos meus textos, contra a metodologia do fazer tudo, usada por alguns consultores.

Na altura eu tinha a certeza que as Organizações a quem damos apoio, precisam aprender e só aprendem realizando coisas.  Continuo a ter a certeza disto.

Por isso, dizia que o meu papel enquanto consultora é apoiar, ensinar,... ajudar a crescer. Pois, mas,… muitas Organizações não querem crescer, ou dadas as circunstâncias do mercado não tem disponibilidade para… E a Maria de Lurdes, depois de várias tentativas para que aprendam, também acaba por fazer algumas coisas por eles. Na maioria das vezes à noite ou durante o fim de semana...

Apesar da Certificação, acabo por ficar insatisfeita com os resultados e pensar sistemáticamente: o que poderia ter feito melhor para "fazer as coisas acontecerem".

Ou seja, vou ter que mudar de vida. :) Outra Vez!!!

Quero mais calma, menos stress, menos preocupações, mais tempo para Viver e ser Feliz.

Para já estou a investir na minha formação de forma a poder alargar o meu âmbito de actuação. Para áreas muito muito diferentes :) e espero que bem mais serenas.

Ainda só dei o primeiro passo - a escolha da formação que vou frequentar. Deixem-me refazer a frase, já dei o primeiro passo. O resto,...  há por aí quem diga que a felicidade está no caminho.

Fiz por isso o mais importante uma vez que "o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!" - (1)

E é essa que eu quero Viver!

Entretanto, espero continuar a ter muitas solicitações para fazer aquilo que me dá realmente prazer: a formação.

- (1) - João Pereira Coutinho, jornalista. De seguida publico o texto dele completo. Adorei-o.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Dois contactos, uma mesma ambição

Exmos Srª.,
Chamo-me ..., tenho 24 anos, concluí no ano lectivo de 2007/2008 a Licenciatura em Química Aplicada - Ramo Química Orgânica na Faculdade de Ciências e Tecnologia (UNL- FCT). Actualmente estou a terminar o Mestrado de Engenharia Farmacêutica no Instituto Superior Técnico/ Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Do plano curricular do mestrado gostaria de salientar a formação adquirida nas seguintes áreas: 1) Química Terapêutica ou Medicinal, 2) Tecnologia Analítica de Processos e Engenharia de Processos Farmacêuticos, e 3) Sistemas de Gestão da Qualidade e Regulamentação Farmacêutica. Em conjunto com a aposta na formação contínua dei início à actividade profissional em 2008/2009 como bolseira de Investigação Cientifica na UNLFCT e recentemente em 2009 fui contratada pela ... para desempenhar actividades no departamento de Controlo de Qualidade. Na expectativa de que me possa ajudar, venho por este meio pedir-lhe orientação sobre o seguinte assunto:
Gostaria de dedicar a minha actividade profissional à QUALIDADE e gostaria de iniciar funções como consultora, uma vez que se encontra nesta área o que me pode dizer sobre o assunto? Tenho procurado enviar curriculos para diversas empresas do ramo mas sem sucesso. Seria uma aposta mais acertada tirar uma formação mais dedicada no tema antes de abordar o mercado? Que formação recomendaria?
Agradeço-lhe qualquer recomendação que me possa fazer bem como a sua disponibilidade ao meu contacto.
Exma srª Maria,
Antes de mais gostaria de dar os meus parabéns pelo seu blog e pelo seu livro "Qualidade para principiantes", que também possuo.Chamo me ... e fiz um curso profissional da ISO 9001 e ISO 19011, mas ainda estou muito verde nesta área. Por isso, seu livro adequa-se à minha pessoa e como tal comprei-o.Estando desempregado, estou a pensar em iniciar a minha actividade por conta própria em diversas áreas, incluindo qualidade, mas não sei ao certo por onde começar e que preços efectuar.Por isso lhe escrevo a pedir alguma informação e alguma luz sobre esta matéria. Desde já lhe agradeço a sua atenção. Os meus cumprimentos.
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Não sei se tenho muito a acrescentar... já manifestei a minha opinião a questões idênticas.
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Para mim é muito agradável constatar que existem jovens que se interessam por estas temáticas. Afinal de contas elas são aplicáveis a todo o tipo de Organizações seja lá qual for a sua dimensão e/ou sector de actividade. Além de que são temas transversais a qualquer Organização.
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Sugestões para desenvolver esta actividade como consultor/a?
Duas, na minha perspectiva fundamentais:
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1 - experiência de terreno - Não me parece que se possa realizar um bom trabalho de consultoria, se o consultor não tiver o conhecimento da realidade das organizações e acima de tudo as dificuldades inerentes à implementação de sistemas de gestão da qualidade e formas de as ultrapassar.
Para aprender a andar é preciso cair. Só assim descobrimos como manter o equilíbrio.
Quando falo de experiência, não estou a falar de 3 ou 6 meses... nem pouco mais ou menos!
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2 - conhecimentos profundos dos conteúdos das Normas(no mínimo) - Esse conhecimento só se consegue adquirir quando juntamos a formação à experiência de terreno.
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Que mais? O resto é empenho e vontade. Que é aliás o que precisamos para ser bem sucedidos em tudo na vida!
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Votos de muitos sucessos! E voltem sempre a dar noticias.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

no mínimo questiono-me

Existem dias que fico muito triste... insegura se quiserem.
Hoje fui almoçar com um colega de profissão que já algum tempo me desafia para fazer uma parceria no que se refere à formação.
Juro que faço os possíveis para entender o que me tenta transmitir, mas assim que começamos a falar começamos a discordar. E isso não tem que ser mau, não podemos estar de acordo com toda a gente nem em todos os assuntos.
De qualquer forma deixa-me desconfortável.
A forma como ele entende o trabalho de consultoria é totalmente diferente da minha: ele entende que o consultor pode definir o Sistema de Gestão da Qualidade de um cliente por ele; ou seja, ele como consultor faz toda a documentação que o cliente precisa. Conversa com eles, e de seguida define tudo; Manual da Qualidade, Procedimentos, Formulários, registos a realizar, etc... Porque, segundo diz não considera necessário explicar à empresa os conceitos da Norma, até porque segundo ele a empresa não quer saber.
Eu, acho que o papel principal do consultor é explicar, apoiar, se necessário ajudar a fazer, mas acima de tudo ensinar a pescar, não dar o peixe. Quando damos o peixe, se deixarmos de dar, a pessoa morre de fome porque não sabe pescar. Ou no mínimo vai comprar, seja lá a quem for.
Estas conversas por vezes deixam-me na dúvida. Será que estou certa quando quero ensinar a pescar? será que não estou a ser demasiado exigente quando quero transmitir aos meus clientes conhecimentos suficientes para que eles possam fazer por si, para que no futuro possam continuar sem mim?...
Quando ouço estas afirmações tão convictas,... no mínimo questiono-me.