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segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Que saúdades que eu tinha ...

 

Que saúdades que eu tinha de preparar a mochila e todos os materiais que preciso levar para as ações de formação presenciais.

Os últimos tempos têm sido fantásticos para testar a nossa capacidade de adaptação. Uma roda viva de aprendizagens.

Para pessoas, que como eu, gostam do contato, e que, talvez por isso nunca tenha aprofundado muito o conhecimento do digital, tem sido maratonas. Maratonas para aprender o essencial sobre as diferentes plataformas que se vão usando na formação, maratonas para transformar materiais ou pelo menos a forma de os aplicar, maratonas para aprender o mínimo sobre realização e edição de vídeos, para aprender mais sobre escrita digital,... consta que deve ser diferente da restante escrita :) ... um sem número de coisas,...

Cansada! mas ao mesmo tempo satisfeita.
Todas estas maratonas permitiram-me manter-me no ativo, apesar da pandemia e dos seus constrangimentos, apesar da doença alugar um cantinho no meu corpo, apesar das perdas pessoais, apesar das consequências da guerra,...

Estou muito satisfeita e muito grata a todos aqueles que contribuiram para que isto fosse possível. Aos parceiros, aos que partilharam comigo o seu conhecimento, aos amigos, ao universo, aos anjos,...

Eu que gosto de contato, prefiro "a minha sala", não posso negar. Mas estar no ativo, mesmo que fora de sala, tem sido uma bênção e uma experiência extraordinária...

No entanto; que saúdades que eu tinha...

Verdade que hoje fazem-se coisas fantásticas quer em formação com transmissão ao vivo, quer em formações online com formatos que permitam aos participantes fazer a formação ao ritmo das suas possibilidades.

Verdade que, a generalidade das pessoas defende que o futuro será o digital. E alguns até dizem que a função Formador irá desaparecer.

Eu tenho esperança que possamos usar a tecnologia a nosso favor e que ela possa ser usada em muitas circunstâncias para melhorar o mundo. Mas, também tenho esperança que, em muitas outras circunstâncias, se continue a valorizar o contato presencial com tudo o que isso tem de fantástico, também com o objetivo de melhorar o mundo.

O tempo saberá.

domingo, 31 de julho de 2022

Sentir, compreender e valorizar o outro na sua singularidade.

 Eu trabalho desde os 10 anos. Na verdade até menos. Mas, a tempo inteiro,  trabalho há mais de 35 anos. E que tempo inteiro… Trabalhava das 09h00 às 24h00 com um dia de folga por semana e recebia 13.000$00. Não existia contrato de trabalho escrito e vi a saber recentemente que nunca foram feitos os descontos que a lei exigia na altura.

Quando entrei, uma colega da confiança dos patrões, explicou-me como se deveriam executar as diferentes atividades e logo me foi dizendo que o lugar não era para molengonas. Na verdade, nenhuma molengona aguentaria trabalhar mais de 16h diárias. Ainda estive lá cerca de dois anos, caí nas graças da patroa e consegui regalias tão fantásticas como poder tirar a minha folga repartida por vários dias o que me permitiu usar esse tempo para tirar a carta de condução.

Sim, eu sei,…  para quem não viveu essa realidade, algumas das minhas recordações parecem mesmo tiradas de um filme.

Poderá até parecer que me estou a queixar. Mas não. Para mim, foi uma grande, grande aprendizagem. Só refiro para poder exemplificar a evolução da realidade laboral.

Tal como em tudo o resto, no que se refere ao trabalho, tanta coisa mudou desde então! Na verdade, para ser mais rigorosa a expressão é; no que se refere ao trabalho, para alguns de nós, tanta coisa mudou desde então! Para alguns de nós!

Em determinados períodos do tempo, a prioridade era conseguir direitos mínimos como férias, licenças de maternidade e equiparados, noutros períodos a prioridade era o trabalho infantil, noutros ainda a igualdade de oportunidades, … Talvez em todos os tempos, todas estas! 

Muito trabalho se tem feito.

Muitos movimentos foram criados, muita legislação foi proposta, discutida e publicada. Por muito que nos falte melhorar, e falta, muitos resultados positivos foram já alcançados.

Curioso até, que para além de todas estas mudanças que tem vindo a resultar em melhorias efetivas, existiram também oscilações de semântica. Nesse tempo, os trabalhadores eram os funcionários ou subalternos. Mais tarde, muitas dissertações foram feitas defendo o uso da palavra colaborar em detrimento de trabalhador só para dar um exemplo. Na verdade, estas oscilações mantem-se. Nos últimos tempos algumas opiniões defendem gestão das pessoas em detrimento de gestão de recursos humanos e, há ainda quem defenda, que as pessoas não se gerem, lideram-se. Na verdade, a tendência mais recente é o uso de estrangeirismos, sejam eles quais forem.

Parece-me que mais do que as palavras que se usam, fazem a diferença as atitudes e as ações que tomamos.

Juntam-se a todas estas mudanças, afetando de forma inimaginável a realidade laboral,  a mudança associada à evolução tecnológica.

Alguém que como eu, viveu a sua infância e juventude sem luz elétrica, sem nenhum tipo de meio de comunicação que não fosse o contato pessoal, sem meios de deslocação que não fossem o andar pé e de mula,… jamais poderia imaginar, a título de exemplo, que algum dia pudesse vir a ministrar formação através dum écran para pessoas que podem estar noutro continente. E muito menos ainda dinamizar essa formação com atividades em grupo. 



Na verdade, na altura nem conseguiria imaginar sequer o que seria um écran.

Não existe nenhuma dúvida sobre as vantagens que esta evolução nos tem trazido. Mas, também são evidentes os desafios inerentes, essencialmente no que se refere às pessoas e a tudo aquilo que, enquanto pessoas, precisamos para continuar a sê-lo.

As competências que as organizações pensavam ter, foram postas em causa e mais que a capacidade de adaptação tem sido importante a celeridade com que o conseguimos (ou não) fazer.

Por muitos acrônimos que possamos usar para explicar esta realidade, no meu entendimento, o maior desafio é assegurar que, enquanto trabalhadores/as, podemos continuar a ser pessoas. Podemos continuar a ler e deixar ler o olhar, a sentir e a expressar emoções através do rosto, do brilho nos olhos(ou a falta dele), dos movimentos das mãos, dos dedos, das pernas, do andar e até do cabelo, … podemos continuar a sentir o outro, a observar, ler e responder à linguagem não verbal de forma tão natural como ser Humano.

É verdade que a tecnologia nos permite entrar em contato, em segundos, com alguém que pode estar no outro extremo do planeta. Foi o que nos salvou nesta fase conturbada. Certamente a usaremos com muito mais intensidade a cada dia. Mas, será que nos permite sentir a pessoa? O que ela sente, as suas alegrias, as suas tristezas, os seus medos, os seus desafios, o seu potencial único, … aquilo que partilha connosco quando não nos diz nada?

Dirão alguns que também não é necessário…  Será que não? Será que sentirmo-nos pessoas, pode ter alguma influência no nosso nível de energia, no desenvolvimento das nossas competências e naquilo que, enquanto pessoas, conseguimos (ou não) fazer nas organizações e no mundo?

Por muitas teorias que possamos conhecer, por muitos livros que possamos ter lido, por muitas técnicas que conheçamos, sentir o outro, na riqueza da sua singularidade, ainda continua a ser algo exclusivo das pessoas. De algumas pessoas.

Esta sempre foi e, será cada vez mais, uma competência indispensável à liderança. 

Reinventar essa capacidade para um mundo laboral mais tecnológico e mais disperso é, no meu entendimento, o grande desafio.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Motivação

Cara Lurdes,venho chatear mais uma vez... Bem o curso já acabou e agora é vida real, as expectativas eram muito grandes e quase desvaneceram... Só quase. Estou numa organização onde reinam os velhos hábitos do funcionalismo público, apesar de já não ser, os processos e procedimentos estão elaborados... até dá gosto de ver, mas na prática, absolutamente nada acontece, a minha chefe está esgotada e frustrada e vê-se muita desmotivação e desdém acerca da implementação do sistema. Não sei muito bem por onde começar. Vou tentar a área dos recursos humanos, pois é fulcral o envolvimento de todos. Seu que não há pó mágico, nem receitas milagrosas, mas umas palavrinhas suas dão sempre um reforço positivo. Alguma sugestão? São todas bem vidas.Beijos grandes e muito sucesso
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Olá linda,
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Não me chateia nada. Gosto de saber noticias das pessoas com quem me cruzo.
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Pois é... como se costuma dizer, nós só somos necessários porque existem coisas para fazer. Claro que por vezes gostaríamos de ocupar o nosso tempo a fazer coisas mais interessantes do que lutar contra "velhos hábitos"... Infelizmente isso também faz parte da nossa função. E é uma actividade absolutamente necessária.
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Como sabe muitas organizações ainda não olham para a qualidade como sendo o "retrato" do seu dia a dia. Olham para ela como um certificado que pretendem ter afixado na parede, uma bandeira que querem expor ao publico,... Muitas vezes até pensam que isso é algo que se obtém como ir tirar um certificado às finanças a uma qualquer conservatória. É só pedir o certificado, pagar a taxa e já está.
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Nestas circunstâncias a primeira dificuldade é mudar este pensamento. Primeiro em quem dirige a organização e depois a todos os outros.
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E essa tarefa não é simples. Nem pouco mais ou menos.
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Esta mudança de pensamento exige acção e acima de tudo exige que os "modificados" mudem mesmo! Mudem a forma de agir, as regras da organização, a forma como avaliam, a forma como tratam os clientes, a própria estrutura da organização,... e mudar é uma das coisas mais complicadas... antes de mais porque é necessário que o próprio tenha noção da necessidade e queira.
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Como dizia no texto anterior, uma coisa muito importante é demonstrar quais os ganhos que decorrem da implementação do sistema de gestão da qualidade.
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Para isso pode seguir algumas das sugestões do texto anterior. Espero que obtenha resultados.
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Mas se ainda assim não conseguir,... não desanime. Os profissionais desta área precisam ter sempre SERENIDADE para aceitar as coisas que não pode mudar, CORAGEM para mudar aquilo que é capaz e SABEDORIA para ver a diferença.
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Caso contrário,... correm o risco de ter muitas depressões. E nada justifica isso.
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Por isso, faça o seu melhor em todas as circunstâncias, mas saiba ver a diferença!.
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Beijos e sempre

sábado, 24 de janeiro de 2009

Melhoria



Se você só fizer aquilo que sempre fez, só obterá aquilo que sempre obteve. Se o que você está fazendo não está dando resultado, faça outra coisa”

Joseph O’Connor e John Seymour

terça-feira, 11 de novembro de 2008

... e mudança

Fui ontem ao lançamento de um livro onde o apresentador se referiu à mudança.
Referiu algo que eu ainda não tinha pensado assim.
Dirigiu-se ao editor(que por sinal era o editor do meu livro), para dizer: Manuel Robalo, livros sobre gestão da mudança deixaram de fazer sentido. Hoje estamos numa era em que não podemos planear e gerir a mudança, se quisermos sobreviver precisamos anteciparmo-nos à mudança e aprender a viver nesta corrente. Corrente já é uma palavra minha.
Por coincidência hoje encontrei outra coisa engraçada sobre a mudança no Qualiblog.
Tem razão Ronaldo, o discurso do Obama cabe que nem uma luva no contexto da Qualidade!
Que ideia fantástica para usar em formação!