segunda-feira, 13 de outubro de 2014

ISO 9001:2015 - Uma ferramenta de gestão?


Estive recentemente em mais uma formação com Nigel Croft, sobre a revisão da ISO 9001. Gosto de ir a várias formações sobre os temas que eu própria ministro de forma a enriquecer a minha abordagem.

Como sempre adorei o senhor.

É muito interessante ouvi-lo! É uma pessoa rigorosa mas com bom senso. E o bom senso, como ele próprio diz,  é uma coisa que escasseia.

É bom ouvi-lo dizer que não faz sentido que a gestão da qualidade seja separada da gestão da empresa, que não faz sentido que um Manual da Qualidade seja um "relambório" sobre os requisitos da norma, que não faz sentido que se definam papeis para auditor ver,...

Tantas coisas que escrevi no meu primeiro livro em 2007!

A revisão que está em curso torna claras muitas dessas coisas,  mas há uma coisa que é necessário que todos tenhamos consciências: a revisão da norma só por si não vai mudar cabeças!

Digo muitas vezes que esta área tem tanto de interessante como de frustrante.

Esta formação fez parte do interessante e desperta a minha esperança de que um dia a 9001 seja usada como uma verdadeira ferramenta de gestão.

Só o tempo o dirá!

sábado, 24 de maio de 2014

É possível formar um auditor interno dentro da própria organização?


Boa tarde,

Gosto muito do seu blog, e têm sido muito útil à minha profissão.

A minha pergunta é a seguinte:

É possível formar um auditor interno dentro da própria organização.

Ou seja, na minha empresa existe uma única pessoa com o curso de auditor, é possível essa pessoa formar uma pessoa para fazer as auditorias internas. ( tendo esse trabalhador o CAP).

 Grata pela sua atenção Cumprimentos,
Olá :)
Imagino que tenha desistido da resposta :) o mail estava esquecido; como andei numa arrumação hoje, dei com ele. Peço desculpa e espero ainda ir a tempo.
Não lhe sei responder a esta pergunta de forma direta.
O que é exigido é que esteja definida a competência para os auditores da qualidade internos. É a organização que define a competência, embora seja óbvio que se exija algum bom senso nessa definição. Não faz sentido a título de exemplo dizer que o auditor não precisa ter formação em auditorias - pelo menos é o que me parece :)
A auditoria é, na minha opinião uma das melhores ferramentas  de dinamização do seu SGQ e em consequência do seu crescimento e consolidação. Mas se e só se for bem feita. Caso contrário estamos todos a perder tempo.
Aquela coisa de achar que o auditor é uma pessoa que traz uma lista de perguntas e vai picando "sim" ou "não",... não traz mais valia
Não conhecendo a definição de competência da sua empresa para o auditor da qualidade interno, não lhe sei responder com rigor.
Arriscando-me a dizer algo menos rigoroso, penso que dependerá desse auditor interno e da sua experiência. Ele (ou ela) fez um curso de auditores, mas faz auditorias com regularidade? tem experiência e conhecimento das normas suficiente para poder transmitir? E da documentação do vosso SGQ? É uma pessoa que possuí as competências comportamentais adequadas?
A resposta depende do que referi no parágrafo anterior e no que tiverem definido como competência mínima para o auditor da qualidade interno.
Até breve.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Avaliação da Eficácia da formação

Boa tarde,

A avaliação da eficácia é de facto um tema complexo, de que forma a definição de critérios é compatível com a norma OHSAS 18001? Esta norma estabelece que a formação relacionada com Higiene e Segurança devem ser avaliada. Se definirmos critérios como a carga horária e deixarmos algumas formações sobre esta matéria de fora estamos em incumprimento da norma?

Obrigado!





Olá,


Embora não trabalhe todos os dias com a OHSAS 18001  penso que ela obriga as organizações a identificarem necessidades de formação associadas aos riscos para a segurança e ao Sistema de gestão da segurança. Poderão ser sobre higiene e segurança ou outras. Também refere que deve ser avaliada a eficácia das acções desenvolvidas.


Não diz como nem poderia dizer, pois cada realidade é um caso.


A exigência da 9001 é a mesma que existe na 18001, por isso a forma de tratar o tema pode ser a mesma.


Não entendo a questão do critério,... Para fazer a avaliação da eficácia por amostragem?


Na verdade a generalidade das entidades certificadoras defende que devem ser avaliadas todas as acções realizadas.


Na minha opinião, como já tenho referido,  cada caso é um caso; as empresas são todas diferentes, o volume de formação que fazem é diferente, os métodos são diferentes ...


Existem situações em que a amostragem pode ser defensável outros nem por isso. Por exemplo uma empresa que faz 2 ou 3 acções de formação por ano para meia dúzia de colaboradores não faz muito sentido falar de amostragem.


Agora uma empresa que faz milhares de horas de formação ano, talvez já faça.


Ou seja, não consigo dizer sim ou não, depende da realidade. E mesmo assim ainda vai depender do olhar de quem audita :)