domingo, 21 de março de 2010

Que surpresa...

Elogios são sempre bons! Mas quando os encontramos por aí, sem estarmos à espera, sabem ainda melhor.

Muito Obrigada Vanda!

quinta-feira, 18 de março de 2010

É mesmo isso!


"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.

E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer.. e morrem como se nunca tivessem vivido."


 
Dalai Lama



domingo, 7 de março de 2010

Como eu me identifico com este texto...

O autor é João Pereira Coutinho, jornalista.

"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar.

Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.

Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.

Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"

Eu não voltei a ler Montaigne mas a verdade é que não me aptece ter que lutar pela excelência.

Mudar de Vida,... mais uma vez!

Há uns tempos atrás falava-lhe da minha decisão de mudar de vida. Se bem se lembra, na altura passei a dedicar-me em exclusivo às actividades de Formação, Consultoria e Auditoria, como Profissional Liberal.

Falava de esperanças, da opção pelo exercício de funções que gosto muito, da liberdade de poder decidir sobre o meu trabalho, … e comprometi-me a trazer aqui a evolução da situação.

Está na altura de partilhar convosco alguns sentimentos:

- É de facto muito bom ter a sensação que sou “dona” de mim própria. Em tudo na vida. Mas profissionalmente também!

- É de facto muito mau, pelo menos muito stressante, não ter ordenado assegurado. Pelo menos para pessoas que gostam de ter tudo sob controlo, como é o meu caso.

- Tal como esperava a formação fascina-me. Gosto muito de partilhar conhecimentos, de conhecer pessoas novas, de aprender coisas todos os dias. Esta parte é fantástica!

Mas,... tirando a parte da satisfação pessoal, não existe formação para fazer todos os dias – talvez porque também só aceito fazer temas que domine muito bem, quer do ponto de vista teórico quer do ponto de vista prático.

E em contrapartida existem contas para pagar todos os dias...

‒ Auditoria – idem aspas. É bom, mas não se faz todos os dias.

‒ A consultoria, têm associadas muito mais dores de cabeça do que inicialmente esperei. Faço o meu trabalho enquanto estou no cliente e volto para casa com os problemas deles - as reuniões pesadas, a falta de tempo, as tristezas e lutas, as conversas desagradáveis(mesmo que não sejam comigo), as guerras de palavras, … tudo. Infelizmente não tenho feitio para desligar.

Há uns tempos atrás manifestei-me, num dos meus textos, contra a metodologia do fazer tudo, usada por alguns consultores.

Na altura eu tinha a certeza que as Organizações a quem damos apoio, precisam aprender e só aprendem realizando coisas.  Continuo a ter a certeza disto.

Por isso, dizia que o meu papel enquanto consultora é apoiar, ensinar,... ajudar a crescer. Pois, mas,… muitas Organizações não querem crescer, ou dadas as circunstâncias do mercado não tem disponibilidade para… E a Maria de Lurdes, depois de várias tentativas para que aprendam, também acaba por fazer algumas coisas por eles. Na maioria das vezes à noite ou durante o fim de semana...

Apesar da Certificação, acabo por ficar insatisfeita com os resultados e pensar sistemáticamente: o que poderia ter feito melhor para "fazer as coisas acontecerem".

Ou seja, vou ter que mudar de vida. :) Outra Vez!!!

Quero mais calma, menos stress, menos preocupações, mais tempo para Viver e ser Feliz.

Para já estou a investir na minha formação de forma a poder alargar o meu âmbito de actuação. Para áreas muito muito diferentes :) e espero que bem mais serenas.

Ainda só dei o primeiro passo - a escolha da formação que vou frequentar. Deixem-me refazer a frase, já dei o primeiro passo. O resto,...  há por aí quem diga que a felicidade está no caminho.

Fiz por isso o mais importante uma vez que "o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!" - (1)

E é essa que eu quero Viver!

Entretanto, espero continuar a ter muitas solicitações para fazer aquilo que me dá realmente prazer: a formação.

- (1) - João Pereira Coutinho, jornalista. De seguida publico o texto dele completo. Adorei-o.