terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quentinhas, com uma boa caneca de café de cevada... :)

São as minhas preferidas!

Feitas na fogueira de lenha,  molhadas em açúcar e canela, acompanhadas com café de cevada.





 E... são bem melhores de comer do que de fazer...

FELIZ NATAL! Com filhós ou com qualquer outra coisa. Este foi só um pretexto para dar inicio à conversa.

E para propor que vivam o espírito do Natal não o espírito do consumismo e do querer parecer de que estou tão cansada!

Sejam realmente felizes! E que 2011 vos traga muita Qualidade que, como sabem, quer dizer que seja capaz de satisfazer todas as vossas necessidades e expectativas. Mesmo a implícitas. :)

sábado, 6 de novembro de 2010

Gestão da Qualidade

Olá Lurdes,
Antes demais gostava de lhe agradecer por dedicar algum do seu tempo esclarecendo duvidas sobre sistemas de gestão da qualidade, manifestando a sua opinião, ponto de vista, que ajuda e muito o entendimento de certas questões...

Estive até á presente data a realizar uma formação de 1000 e não sei quantas horas de técnico da qualidade, gostei bastante da formação, usei o seu blog por muitas vezes para ter uma segunda opinião, e tenho-lhe muito a agradecer.

Neste momento, estou a fazer pratica em contexto de trabalho, e o que tenho verificado até agora é que não tenho muita dificuldade em realizar o trabalho proposto, tenho é verificado que isto dos sistemas de gestão de qualidade é um bocado "para inglês ver", porque a empresa certifica-se para ter acesso a novos mercados, e sem sem isso não tira proveito da certificação e das ferramentas ao seu dispor...e como as coisas são feitas mesmo assim, para auditor ver, não apostam em pessoas com formação para ocupar cargos de técnico da qualidade, mas sim um administrativo(a) qualquer, sem conhecimentos de qualidade que faz o trabalho...

Não existe mercado para técnicos de qualidade, e isso faz-me sentir que comprei a banha da cobra, porque não existem ofertas de emprego, e as que existem querem pessoas com experiência de 2 anos...mas sendo assim, como é que eu ganho experiência de 2 anos se nem trabalho encontro?

É triste esta cultura de "não-qualidade" em empresas certificadas em qualidade....

Isto é só uma opinião, de quem gosta da qualidade, mas não tem oportunidade de exercer...=(

Obrigado

xxxxxxxx

Olá boa noite,

Tenho dificuldade em responder-lhe,... é que tenho para aqui um "nim" como resposta.

Antes de mais deixe-me só fazer um esclarecimento que pode ser importante. Pode parecer preciosismo,... mas ok, faço na mesma.

Técnico de Qualidade pode não ser um profissional da área da qualidade. É um técnico com qualidade (bom profissional). O profissional da qualidade é o Técnico da Qualidade. O mesmo se passa com com o Sistema de Gestão. É o Sistema de Gestão da Qualidade. Se é um Sistema de Gestão de Qualidade ou não, ... só depois de analisado é que saberemos. :)

Preciosismos à parte vamos ao resto.

Os profissionais da Qualidade, como já referi várias vezes neste blog não tem vida fácil. Com frequência, são vistos como um custo a mais, como alguém que empata o trabalho dos outros,...

Às vezes também são estes profissionais que não fazem tudo o que é necessário...

O responsável pela qualidade é, acima de tudo, alguém que consegue influenciar os outros de forma que eles façam, voluntariamente, aquilo que não queriam fazer.

Parece impossível, eu sei. Mas acredite que não é! É difícil, muito difícil, mas é possível.

E existem alguns cuidados que devemos ter para facilitar esta árdua tarefa. Por exemplo:

  • O Gestor de Topo tem que "estar ganho". Não é possível convencer as pessoas da importância do que queremos fazer e implementar se atrás de nós (ou até antes) o Gestor de Topo não disser o mesmo;
  • Todas as pessoas da organização tem que estar ganhas - gestor da qualidade é um diplomata. Tem que saber relacionar-se muito bem com todos, sendo agradável mas rigoroso na sua actuação. Quem implementa são as pessoas, se não estiverem connosco vão sabotar o processo;
  • Humildade deve juntar-se aos anteriores - não podemos saber tudo. Ninguém sabe! Mas precisamos de entender os vários processos e a organização no seu todo. E isso não se conhece "olhando de cima".
  • simplicidade e flexibilidade devem ser os pilares de toda a actuação - Devemos definir a ajudar a definir metodologias simples sob pena da sua implementação estar condenada ao fracasso. Sempre que as metodologias não resultarem deve existir flexibilidade suficiente para encontrar outra alternativa;

Resumindo, é verdade que algumas empresas jogam ao "faz de conta" da qualidade, ... só se enganam a elas próprias. Nós que somos os profissionais dessa área temos que tentar inverter essa situação. É esse um dos nossos papeis.

Imagino que se esteja a perguntar se eu, enquanto Gestora da Qualidade, consegui ter este papel. Umas vezes sim, outras não. Aliás ainda hoje é assim. Com algumas organizações consigo desenvolver projectos fantásticos com outras o resultado fica aquém do que desejaria. E isto quer na consultoria quer na formação. Uma coisa é certa faço sempre o meu melhor e isso deixa-me dormir de consciência tranquila.

Aliás posso referir a ultima situação que me aconteceu. Fui fazer formação para uma empresa certificada. O objectivo era sensibilizar para a Qualidade. Tive na mesma semana três grupos diferentes. Formandos que se queixaram desde do primeiro ao ultimo minuto - só falavam dos direitos que deveriam ter e que a organização não lhes estava a dar. . Alguns falavam com tanta raiva da empresa que lhes pagava que até me fazia confusão. Um deles entrou na sala dizendo que eu o deveria deixar sair porque a empresa o tinha obrigado a ir à formação e que antes de começar me ia dizer que não queria estar ali.

Estas pessoas até poderiam ter razão, mas a atitude que tiveram impediu-os de ouvir uma única palavra... Podiam ter aproveitado para aprender alguma coisa sobre um tema que é cada vez mais universal mas essa não era a vontade deles... eu não posso obrigar ninguém. Expliquei como se eles estivessem muito interessados. Como sempre tentei que a formação fosse divertida e em linguagem simples, mas estou certa que ficou o mínimo dos mínimos.

Vi para casa estafada. Cansa muito ver pessoas que perante as dificuldades assumem a atitude do queixume e não a de ir à luta... mas eu fiz na mesma o meu melhor. Vi cansada mas de consciência tranquila.

A vida é mesmo assim. Umas vezes parece que os Deuses estão todos do nosso lado, outras o nosso caminho tem tanta pedra... mas há por aí uma expressão que diz: "Pedras no caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo."

E quanto ao emprego,... sim é verdade que as ofertas não são muitas. Nem nesta área nem noutras - salvo raras excepções. E também é verdade que muitos anúncios pedem coisas incompatíveis ou seja pedem poucos anos e muita experiência...:)

E a verdade mesmo,... é que a formação teórica é isso mesmo, como se faz, só mesmo no terreno - para quem quer aprender, claro.

Não sei se lhe posso dar uma sugestão. Tente estar o mais possível no terreno de forma a complementar o que aprendeu na teoria. Mesmo que inicialmente não ganhe muito com isso. O tempo encarregar-se-á de lhe dar o que merece!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Formação,... mais uma vez

Olá Célia,



sou responsável por fazer a avaliação da eficácia da formação no meu serviço.


Gostava que me indicasse qual a melhor maneira para fazer o tratamento dos dados.


Fazemos a avaliação da formação, no final de cada curso e a avaliação do formador, 3 meses depois enviamos o inquérito da avaliação da eficácia da formação aos dirigentes. A média final da formação é o total dos 3 inquéritos?

Obrigado

Sónia


 
Olá Sónia,
 
Eu sou a Maria de Lurdes :)
 
Já abaixo deixei dois textos sobre este tema. Estou convencida que em relação às várias fases, transmitem aquilo que penso.
 
Vamos ver se consigo fazer o mesmo em relação à sua questão.
 
De facto a avaliação da formação só fica completa depois de cumpridas as várias fases descritas no último texto que escrevi sobre o tema.
 
No entanto cada fase avalia coisas diferentes. Quando pedimos aos formandos para manifestarem a sua opinião sobre a formação, o formador, a sala, os meios,... estamos a avaliar a forma como ela foi realizada(se os meios  e o tempo foram os adequados) e a prestação do formador.
 
Quando pedimos ao formador que se manifeste sobre os formandos, estamos a avaliar os formandos - o interesse que demonstraram, a sua participação, a pontualidade,... depende o que perguntamos,... mas é sempre em relação aos formandos.
 
Quando pedimos às hierarquias que se manifestem sobre o impacto que a formação teve nos seus colaboradores estamos a avaliar a eficácia da formação, ou seja que resultados teve a formação. Só é possível tirar conclusões se fizermos esta avaliação antes da formação e algum tempo depois(este tempo é variável consoante o tema). Caso contrário não consigo comparar entre o "antes" e o "depois".
 
Resumindo: o conjunto das várias fases é o resultado da avaliação da formação, mas cada fase avalia coisas diferentes.  A avaliação da eficácia pode ser, numa primeira, fase conforme descrito no paragrafo anterior.

sábado, 25 de setembro de 2010

Formação

Boa tarde,

Trabalho na área de Recursos Humanos e um dos meus maiores problemas é avaliar a eficácia da formação. Sei que já ajudou vários leitores, gostaria de lhe pedir que se fosse possível me enviasse um modelo de Plano da Formação, Avaliação da Eficácia da Formação e Procedimento da Formação.

Estou a tentar melhorar o meu Processo e dava-me uma grande ajuda.
Com os melhores cumprimentos,
Rosa


 
Bem Rosa, eu de facto gosto de ajudar. Vamos ver o que posso dizer sobre este tema - obviamente tendo por base a NP EN ISO 9001:2008, requisito 6.2 .

Determinação da Competência
 
A Norma refere que a organização deve determinar a competência com base na escolaridade, formação, saber fazer e experiência ou seja; é necessário que definir quais as competências necessárias para o desempenho de cada função. Na maioria das organizações que conheço essa definição encontra-se na Descrição de Funções.

Identificação das Necessidades de Formação

O passo seguinte é comparar a competência existente com a pretendida. Se a pessoa que realiza determinada função não possui as competências que a organização definiu como necessárias então deve ser-lhe proporcionada formação. É o que vulgarmente designamos de identificação das necessidades de formação. No meu entendimento deve ser realizada pela hierarquia em conjunto com o colaborador.  Para facilitar esta tarefa deve estar definido o período temporal em que esta actividade deve ser realizada e o documento onde a registamos (pode ser no modelo de avaliação de desempenho, num formulário definido para o efeito, etc...)

Plano de Formação

Com base na totalidade das necessidades, as mesmas devem ser priorizadas. Pode acontecer que não consiga desenvolver num só ano todas as necessidades identificadas. Aquelas que considerar prioritárias e possíveis de realizar constituem o Plano de Formação. Este documento, a titulo de exemplo pode conter: designação da acção, duração, formandos, datas previstas para realização, investimento e outros recursos necessários.

A implementação do Plano deve ser monitorizada e realizados os ajustes considerados necessários ao longo do ano.

Realizada a formação a mesma deve ser registada no cadastro do colaborador.

Avaliação da Eficácia da Formação

E por último a avaliação da eficácia da formação. Diria que a parte mais complexa.

Em palavras simples, avaliar a eficácia da formação  significa avaliar a totalidade dos impactos decorrentes da formação: que reacções, que aprendizagens, que comportamentos e que resultados. Só depois de avaliar estes quatro elementos se pode dizer que a avaliação da eficácia da formação foi realizada.

Na prática implica :

1 - formandos e formadores avaliam a forma como decorreu a acção - normalmente através de questionários, entrevistas, ...

2 - avaliação das aprendizagens - os formandos adquiram os saberes que estavam previstos nos objectivos? - testes escritos, avaliação ao longo da acção, role playing ..., com comparação entre o antes e o depois

3 - avaliação dos comportamentos dos participantes - o que mudou no comportamento dos formandos e em que medida essa mudança contribuiu para o atingimento dos objectivos de desempenho. - questionários, observação hierarquia,  - com comparação entre o antes e o depois

4 - avaliação dos resultados - qual o impacto da formação nos resultados da organização - indicadores de desempenho, ROI, ... -

Tanto quanto sei a maioria das organizações não cumpre com estes quatro passos.

Eu pessoalmente realizo sempre as duas primeiras.

Para as duas ultimas, como já referi noutro artigo costumo fazer o seguinte: Crio um formulário com duas tabelas com as seguintes colunas: objectivo,  e avaliação (de 1 a 4). Preencho as tabelas com os objectivos do curso. Os objectivos são iguais na primeira e na segunda.

Antes do colaborador ir à formação, ele e a sua chefia fazem uma avaliação do seu desempenho em relação a cada um dos objectivos, preenchendo a primeira tabela.  Algum tempo (a definir caso a caso) depois da formação colaborador e chefia voltam a  fazer uma avaliação do seu desempenho em relação a cada um dos objectivos, preenchendo a segunda tabela. Comparando as duas tabelas é possível compreender se a formação foi ou não eficaz.

O procedimento da formação deve descrever todas as fases atrás referidas.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Matriz Substituição?

"Boa tarde Eng.ª Lurdes,


Chamo-me ..... e sou Gestora da Qualidade há quase 10 anos, provavelmente já não seriam admissíveis as minhas dúvidas, mas cada dia que passa, sinto que tenho mais dúvidas, pois o meu objectivo é simplificar o SGQ por forma a assegurar que todos os colaboradores da empresa, principalmente a Gestão, acreditem na qualidade, mas não é fácil, pois o que pretendem é que o Gestor da Qualidade faça com as outras pessoas façam aquilo que devem/deviam fazer, e sinceramente, após estes anos chego às seguintes conclusões ou eu não tenho competência para isto ou escolho mal as empresas empregadoras?

Uma das minhas dúvidas actuais prende-se com a política de substituição de colaboradores. Ou seja, devo definir no meu SGQ como asseguro que as tarefas que afectam a qualidade do serviço, não são executadas quando os responsáveis se ausentam da empresa (isto porque estive ausente 5 meses da empresa por licença de maternidade e as minhas tarefas não foram asseguradas por ninguém durante a minha ausência). O que fiz para resolver esta questão foi definir um impresso "Matriz de Substituição" que seria preenchido sempre que alguém se ausentasse da empresa por qualquer motivo: férias, formação, doença, baixas, etc., mas a EA externa viu o impresso criado e formulou a seguinte observação:


"A organização deve com a maior brevidade possível melhorar a formalização na “Matriz de Substituições”",
como não sei como resolver esta questão, agradeço o seu comentário/esclarecimento.

A minha ideia para resolver esta questão é eliminar o impresso “Matriz de Substituições” e incluir nos respectivos perfis de funções individuais, uma coluna com o nome da pessoa que substitui o responsável por cada tarefa (ver impresso do Perfil da Função).

Agradeço a sua opinião.

Obrigada pela sua atenção."

Olá ... ,

Engª. Dra. e afins são nomes que não gosto muito... simplesmente Maria de Lurdes é muito mais giro :)

Estou a brincar consigo, somente para dizer que não faço nenhuma questão de título.

E de seguida, desculpe o atraso na resposta, mas a verdade mesmo é que tenho andado muiiiiiiiiito preguiçosa. Ai, isto não se devia dizer!!!!!!!!!

Não sei por onde começar. Compreendo a sua preocupação com as e acho-a legítima.

Já não sei se compreendo assim muito bem essa Observação. pelo menos descrita dessa forma. Também é verdade que não sei qual foi a clausula que foi usada para fundamentar.

É de louvar que as organizações se preocupem em garantir a sua prestação com qualidade independentemente de quem falta, mas, de forma rigorosa, eu não encontro em lado nenhum na norma a obrigatoriedade de definir uma matriz de substituições.. Pode ser uma boa prática, mas é só mesmo isso.

Como penso já ter referido, para os temas relacionados com os recursos humanos costumo criar um manual que designo de Manual de Organização, Manual de Recursos Humanos ou algo idêntico.

Esse Manuall possui vários capítulos, um deles é a descrição de funções. Os outros a título de exemplo podem ser: Organogramas, regulamento interno, ... utilização equipamento da empresa(carros, telemóveis,...), ...

Na descrição de funções costumo colocar vários campos. A título de exemplo:
Designação da função, Principais responsabilidades, Competência (Escolaridade, Formação, Experiência e saber fazer), Limites de Decisão, Substituição, etc.

E estou convencida que isto responde a todas as exigências da norma e também contribui para uma clara definição da responsabilidade e autoridade.


Ah, e quanto ao seu trabalho ficar por fazer... é bem provável que ninguém o faça mesmo que esteja claro quem é que a substitui a não ser que se preocupe antecipadamente com a formação do(a) substituto(a). Como sabe é uma função especifica, não é comum que várias pessoas a saibam executar.

Tive um Director que dizia que uma das condições para podermos progredir é termos o cuidado de preparar o substituto. Acho que ele tem razão!...

Controlo de Subcontratados

Na sequência do texto anterior, aqui vai a minha opinião sobre este tema.

Subcontratados são fornecedores e eu trato-os como tal.

Penso que a questão que se coloca não é a de saber se os tratamos ou não como fornecedores. A questão é a de saber como tratamos os fornecedores.

De facto a alteração de 2008 veio fazer alguns esclarecimentos em relação a este tema, dizendo que "Caso uma organização escolha subcontratar qualquer processo que afecte a conformidade do produto com os requisitos, a organização deve assegurar o controlo sobre tais processos. O tipo e extensão do controlo.... devem ser identificados dentro do sistema de gestão da qualidade" - NP EN ISO 9001:2008 - 4.1.

Por isso a questão é mais a de saber; se consideramos os processos subcontratados dentro do Sistema de Gestão da Qualidade ou não e que tipo de tratamento damos aos fornecedores.

Penso saber, que antes desta alteração, existiam muitas organizações que não consideravam estes processos no seu sistema de gestão da qualidade, sacudiam a água do capote, alegando que se tratava de subcontratados. Agora terão que considerar.

E ao considerar tem que tratá-los como de actividades suas se tratasse, ou seja tem que definir metodologias que permitam o planeamento, a realização o controlo e a melhoria dos mesmos.

Esta clausula está em estreita ligação com a 7.4 de título Compras que engloba a Selecção e Avaliação de Fornecedores.

E para definir metodologias para avaliar fornecedores é necessário conhecer muito bem o negócio da organização, que importância tem cada tipo de fornecimento, etc.

No meu entendimento o que é necessário fazer(o que normalmente faço) é:

  • se existem processos subcontratados, considero-os no mapa de processos e trato-os como os restantes (com as devidas adaptações necessárias a cada realidade);
  • na definição de tais processos identifico a importância do mesmo e cruzo a forma de controlar o processo com a avaliação de fornecedores;
  • os critérios e até as metodologias a definir para a avaliação de fornecedores são diferentes consoante o impacto do fornecimento na actividade da organização. 
  • um fornecedor cujo fornecimento é a realização de um dos principais processos da actividade da empresa tem que estar sujeito a um controlo mais rigoroso.




"Chapa 5"

"Olá Maria de Lurdes,

trabalho neste momento como consultora na implementação de sistemas. Por muita pena minha tenho-me visto deparada com sistemas criados "chapa 5", por pessoas "chapa 5" e empresas que só se querem certificar porque "fica bem" ou "tem de ser". Felizmente ainda acredito e defendo as verdadeiras razões e mais valias para se implementar um sistema de gestão da qualidade (ou outro..). Tento deste modo, mesmo nestas empresas, mostrar aos senhores que mandam todas as vantagens mesmo tendo muitas vezes que puxar algumas orelhas e "ralhar" um pouquinho. Simultâneamente a isto, tento incentivar o responsável da qualidade para que tenha força, não desista, veja também ele as mais valias do sistema e que não ponha a qualidade para a última função das várias funções que desempenha.

Bem, no meio disto, e sendo eu ainda uma novata na implementação dos sistemas, vou continuando a procurar ser uma consultora cada vez melhor não me resignando a sistemas "chapa 5" e em saber o que sei porque alguém me disse que era assim.

Como me disse um dia uma colega: procuro a melhoria continua do meu próprio trabalho. Assim, vou regularmente ao seu site ler assuntos que já li 500 mil vezes mas que em alturas diferentes soam de maneiras diferentes e cada vez melhores.

Venho assim deixar uma sugestão para um tema (que pesquisei no blog e não me apareceu nada): a gestão dos subcontratados.

Porquê este tema? Levanta-me algumas hesitações... Do meu ponto de vista deve ser feita um controlo dos subcontratados muito especifica e que de facto é muito importante pois estes, são em determinadas empresas, a cara desta. Existem empresas que fazem esta gestão englobada no controlo de fornecedores (faz-me sentido quando falamos só de transportadoras e pouco mais). Já não me faz tanto sentido quando falamos por exemplo de projectos elaborados por subcontratados (em vez de ser por alguém interno), de indivíduos individuais para obras, para a elaboração de projectos, etc etc etc.

Gostaria de saber a sua opinião acerca deste tema e o modo como o costuma abordar nas suas empresas.

Muito obrigada e bom trabalho!"

Olá Maria,

Vou chamar-lhe assim, por não saber se não se importa de ver o seu nome divulgado.

Estamos de acordo. De facto os motivos pelos quais as organizações implementam sistemas de gestão da Qualidade nem sempre são os melhores e os profissionais desta área também não. Umas vezes por desconhecimento, outras pela forma como se olha para o tema e ainda outras porque são(somos) impedidos de fazer diferente. Quantas vezes temos clientes onde, por muito que nos esforcemos...

Infelizmente já me aconteceu, pelo menos uma vez, sentir-me completamente impotente. Eles foram certificados, até ganharam um dos primeiros lugares no Prémio da Qualidade, mas eu não consegui convencê-los de verdade. Fizeram para "auditor ver" e estou convencida que se quiserem manter a certificação todos os anos vão contratar alguém para inventar papéis um mês antes.

Como sabemos fazer coisas diferentes de "chapa 5" implica envolvimento total da organização. Embora esta seja uma condição que coloco à partida, a verdade é que alguns, quando dizem sim, não falam do fundo do coração e quando chega a hora de fazer as coisas acontecer... existem sempre trinta mil coisas mais importantes...

Enfim... o meu lema é fazer de forma que eu saia com a certeza absoluta que fiz tudo o que estava ao meu alcance. A mais, como diria o outro, não sou obrigada. E nem é saudável.

Quanto ao tema que me propõe, dou a minha opinião de seguida.

Felicidades e muito sucesso!

sábado, 10 de julho de 2010

Um mês à procura "do que os Clientes não querem"...

Parece que este mês foi escolhido para tratar temáticas relaciondas com clientes.

Foi o mês em que ministrei mais acções de formação neste âmbito.Entre outras, os Requisitos da NP EN ISO 9001, a Gestão de Reclamações, A qualidade e a Satisfação de Serviços,...

Posso dizer que tem sido um mês feliz, pois são temas que me agradam muito, não só pela importância mas também porque gosto especialmente de algumas dinâmicas que uso para os desenvolver.

Ficam algumas fotos.

Em Carnaxide, tentávamos descobrir o que os clientes não querem...





Como em quase tudo na vida, existem alguns que fazem batota...















Com o mesmo Objectivo, desta vez no Monte da Caparica


Foi uma descoberta dificil... estava muito calor e às tantas procuravam em sitios opostos...:)


Feita esta descboberta, há que criar as condições para mudar... só poderemos continuar a ter clientes se abandonarmos as atitudes indesejadas por atitudes que surpeendam.
Aqui procurávamos saber quais as condições necessárias à mudança


Havia alguma animação no ar... de tal forma que os sapatos trocaram de pé...


Foi um prazer estar convosco. Jamais esquecerei algumas imagens.
Acredito que também  não esqueçam nem as imagens nem as mensagens que estavam associadas. É pelo menos essa a minha intenção.

Sim eu sei... existem uns e outros que chamam a isto formação... :)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Igualdade



"A igualdade pode ser um direito, mas não há poder sobre a Terra capaz de a tornar um facto."

Honoré de Balzac

Mercado de Trabalho / Escola

Boa noite, chamo-me ...
Estou a contactá-la na qualidade de formando de uma turma de um curso EFA com dupla certificação que dá acesso ao 12º ano e saída profissional como Técnico da Qualidade.


Como tal, quando fazemos pesquisas sobre este tema e então invariavelmente passamos por este blogue e encontramos muita matéria interessante.


Gostava de saber a sua opinião devido á diferença de estudar num EFA de 2045 horas e tirar essa saída profissional no sistema normal de ensino. Será que estamos menos preparados para o mercado de trabalho?


Obrigado pela atenção.


Olá,

Ando há muito tempo com vontade de escrever sobre o tema, mas... tenho evitado fazê-lo... O que possa dizer não vai mudar nada... pelo menos não, naquilo que me parece essencial.

Como sabe, entre outras coisas, sou formadora. A formação que faço é sempre para adultos. Integrados nos EFA (Educação e Formação para Adultos) a que se refere fiz pouca coisa, mas tenho opinião formada, não só pelas acções que ministrei mas também pelas experiências que me relatam os amigos e colegas formadores.

Só para esclarecer eu pessoalmente fiz duas acções: uma para um curso de Qualificação de Técnico de Controlo da Qualidade Alimentar e outro para um de Técnico da Qualidade.

Ainda dentro deste âmbito tenho ministrado algumas acções ao abrigo da Formação Modular.

Os formandos destes cursos, como se sabe, são  pessoas que abandonaram os estudos, alguns deles há muitos anos atrás e, talvez por isso  tem muitas dificuldades de aprendizagem. Na maioria. Não quer dizer que não existam excepções.

Mas estes dois cursos de qualificação em que participei tinham grupos completamente diferente.

Um deles que referi aqui - O que se aprende com os formandos de 27 de Novembro de 2008 -,  era constituído por pessoas com bastantes dificuldades(de aprendizagem e outras), mas pessoas interessadas, que queriam fazer coisas, que queriam aprender, que queriam lutar por uma vida melhor. E quando é assim as dificuldades ultrapassam-se. O que queremos mesmo é que sejam bem sucedidos. E com esse objectivo fiz de tudo: mudei a linguagem, os dispositivos, os exercícios, ouvi-os,... Não executei o programa com a profundidade que gostaria mas no fundo saí contente e acho que daquele grupo vão sair pessoas que poderão ingressar no mercado de trabalho.

O segundo tem em comum as dificuldades mas a atitude era completamente diferente. Era um grupo de jovens que achava que tem todos os direitos do mundo em troca de nada.

...  ouvir o que eu dizia era muito chato, participar dava trabalho, fazer exercícios era uma chatice, ouvir histórias que costumo contar para fazer analogias dava sono... O que sabiam fazer mesmo bem era reclamar... dos professores da escola, da coordenação, uns dos outros, do estado que lhes dava pouco subsidio,..

Não me parece que nenhum destes formandos possa ingressar no mercado de trabalho. Eu se tivesse uma empresa não os queria lá nem que o estado me pagasse para isso... e muito menos na área da Qualidade.

Mas a verdade mesmo é que vão sair com essa Qualificação. 

Quanto às Formações Modulares sempre correram muito bem. A acção de que deixei fotos há uns dias era Formação Modular. São pessoas que se inscrevem porque querem, nos temas que querem e que lhes são úteis. Tenho tido boas experiências.

Falta dizer que os programas destas acções estão desenhados para dar as várias qualificações, ou seja para capacitarem os formandos para serem Técnicos da Qualidade ou de outra coisa qualquer.  A questão é que os formandos que ingressam estes cursos não tem o nível de escolaridade que lhes permita assimilar tais conhecimentos. Quando existe motivação é possível que aprendam coisas importantes mas nunca o programa na totalidade. Ou pelo menos não em profundidade.

O que me parece é que alguém está a querer trabalhar para a estatística... Mas não é só neste tipo de ensino, nem é só no ensino...

Como diria a outra; isso agora também não interessa nada!

Será melhor este sistema ou sistema normal de ensino? Ficam preparados para o mercado de trabalho?

Como sabemos o ensino em Portugal, seja lá ele qual for, não está direccionado para o mercado de trabalho. Salvo raras excepções em alguns temas muito específicos.

Na escola e posteriormente na universidade podemos aprender muitas coisas. Muitas coisas indispensáveis,  é verdade. Mas a realizar a função para a qual tiramos um curso só aprendemos no terreno. Se tivermos humildade (que é uma coisa em vias de extinção...) para querer aprender.

As situações que referi, ao abrigo do mesmo tipo de ensino, são completamente diferentes.

Nisto tudo o que faz a diferença é a atitude. A atitude perante o curso que está a frequentar, a atitude perante a pesquisa de situações em que possa treinar no terreno, a atitude quando entrar para a função,...

O mercado de trabalho quer pessoas proactivas e responsáveis. Pessoas que estejam disponíveis para trabalhar(não para ter emprego), para aprender, para ensinar, para partilhar conhecimentos, para ir à luta...

E isso não depende só da escola ou do tipo de ensino que frequentamos. Depende só de cada um!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ainda sobre documentação

Está quase a fazer um ano que pela primeira vez tive problemas porque o auditor da Entidade certificadora teve uma atitude um pouco... inesperada. No minimo bem diferente do que considero adequado.

Como acabei de escrever sobre documentação, lembrei-me dum dos seus comentários e achei que deveria partilhar.

Perante a análise de vários registos de Não Conformidade o Sr. Auditor comentou que o Gestor da Qualidade parecia um homem da pré-história porque possuía muitos documentos em papel e muitos registos manuscritos. E acrescentou que ao dia de hoje, deve estar tudo à distância dum clique. Aliás esta expressão foi repetida dezenas de vezes durante toda a auditoria.

Uma boa parte dos colaboradores da referida organização nem sequer tinha acesso a computador...:) e a sua escolaridade andava entre o saber ler e o 12º ano.

Fico-me pelo relato. Prefiro nem comentar.



Finalidade da Documentação

É comum ouvir-se que os sistemas de Gestão da Qualidade são sinónimo de burocracia. Já algumas vezes aqui manifestei o meu desacordo. Mas ainda gostaria de voltar ao tema.

Estou convencida que isso só acontece se:
  • a definição do sistema documental não é adaptada à realidade da organização;
  • se aproveita a existência do Sistema de Gestão da Qualidade para para criar exigências de acordo com vontades próprias das várias chefias (e não com as exigências das Normas de referência); 
  • não é entendida a finalidade da documentação
e em consequência não se dá à documentação a importância que ela efectivamente tem.

A primeira questão que nos devemos colocar é: para que serve afinal a documentação? Ou melhor talvez seja necessário começar um pouco antes, o que é afinal documentação?

Documentação é o conjunto de documentos sobre uma determinada temática, neste caso a qualidade.

Se consultarmos a NP EN ISO 9000:2005- Fundamentos e Vocabulário vemos que documento é Informação e respectivo meio de suporte, sendo Informação Dados com significado. Ou seja podemos estar a falar da Politica da  e dos Objectivos da Organização(incluindo os da Qualidade), dos Procedimentos, dos formulários que usamos no dia a dia, etc., etc. E mais uma vez de acordo com a NP EN ISO 900:2005, o suporte pode ser papel, magnético, electrónico ou disco óptico de computador , fotografia ou amostra de referência, ou uma das suas combinações

Estamos pois, a falar de questões relevantes para a organização. Questões essas que foram discutidas e sobre as quais foram tomadas decisões. Os documentos são criados para comunicar o que foi decidido, quem é responsável por quê, quais os direitos e deveres, etc.

Será que uma organização pode funcionar sem que as suas hierarquias conheçam os seus objectivos, sem que os colaboradores conheçam as suas responsabilidades, sem que,... sem que...

Não me parece...

Não estou com isto a dizer; escreva-se tudo! Longe de mim tal ideia :). Afinal de contas já referi atrás que suporte pode ser muito variado.

Mas é certamente indispensável que seja comunicado. Comunicado de forma que não existam dúvidas sobre essa comunicação, o que justifica a necessidade de documento, seja lá em que suporte for.

Comunicar é como se depreende a finalidade última da Documentação. Por isso, tal como quando emitimos mensagens, quando definimos documentos também devemos:
  • Saber o que dizer - o que é realmente importante. Muita palha só entope o sistema e desfoca do essencial;
  • Decidir onde quando - em que tipo de documento, em que altura (porque dependendo do tema a altura da publicação pode ser importante);
  • Definir a melhor forma - em procedimento, instrução, formulário, com fluxograma, com texto, em papel, em filme,... ;
  • Simplificar / falar claramente - o simples e claro todos entendem (quantas vezes vemos documentos com palavras que as pessoas a quem se destinam não entendem!);
  • Fazer escuta activa - ouvir as pessoas a quem os documentos se destinam com atenção, dando retorno sobre as sugestões/dificuldades que apresentam, reformulando de forma a entender o que realmente nos queriam transmitir, dando sinais de entendimento;
  • Monitorizar as reacções do outro - de forma a perceber se estamos a entender o que realmente nos queriam transmitir e se o que transmitimos foi entendido;
  • Ser empático - coloque-se no lugar do utilizador e tendo em conta as suas características,  a sua função, formação etc., tente identificar a melhor forma para o documento
E qual deve ser a extensão da documentação? Bom a NP EN ISO 9001:2008 - Sistemas de Gestão da Qualidade. Requisitos, refere que deve ser em função da:

a) dimensão da organização e tipo de actividades;

b) complexidade dos processos e suas interacções;
c) competência do pessoal.

se quiser dizer isso de outra forma e para fazer homenagem ao meu formador Luís da Silva e Serra, a necessidade da documentação deve ser definida em função do triângulo que se segue.




É só mimos...

Só mimos que me dão os meus formandos! 

Felizmente estou habituada a ter avaliações bastante boas, mas algumas  excedem as minhas expectativas...

Obrigada Leonor. Como já referi, o sentimento é mútuo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

A prova do crime :)

Obrigada pelos vossos comentários.

Existem pessoas que dizem que nunca se enganam a respeito dos outros. Dizem mesmo que basta olhar para eles...

Parece que nós somos a prova concreta de que isso... nem sempre é verdade... diria que raramente. Afinal de contas não somos uma máquina fotográfica... e mesmo as máquinas só registam a parte menos importante de cada um de nós...

Verdade que, quando fazemos as apresentações, fico sempre com uma primeira impressão, mas a vida já me ensinou que o mais provável é que a mude antes que a formação termine.

Mas... deixemos-nos destas coisas e vamos ao que interessa...

Tenho para aqui umas fotos para publicar...

Estávamos para aí a meio da acção e tentávamos descobrir "condições essenciais para a mudança"...


Depois de pensarem muito no assunto e meterem as mãos à cabeça... uns esticaram o casaco, outros ganharam capuz, lápis na orelha à merceeiro, colares e outros acessórios "novos",... vá-se lá saber...

Mas o final não foi pior...

O nosso mal era fome...
As outras que tenho... já enviei por mail... fazem publicidade com as pastas que estão em cima das mesas. Como é melhor prevenir que remediar... "publicamos" só entre nós.

Gostava de ter umas do jogo da "Cabra Cega"...Penso que alguns de vós tiraram. Partilhem connosco por favor.

Obrigada!

sábado, 22 de maio de 2010

O fantástico da formação

O fantástico da formação são as pessoas.

E são acima de tudo aquelas pessoas que querem partilhar ideias. Que estão disponíveis para ensinar e para aprender e que manifestam essa vontade.

Quase sempre as encontramos onde menos se espera...

Estou a terminar uma acção com mais um grupo que me surpreendeu.

É uma sensação estranha. Sinto cada formando como se os conhecesse há muito tempo... São pessoas que manifestam humildemente o que não sabem e sentem alegres por partilhar o que conhecem. O sorriso evidencia a sua satisfação e contagia até as paredes da sala :) .

 Sinto alguma nostalgia por "partir"... mas... este é o percurso normal da vida...

Tenho a certeza que serão muito bem sucedidos! E isso é tudo o que mais lhes desejo.

E também tenho a certeza que poderão contribuir a melhoria do mundo.

Obrigada a todos pelos bons momentos que me proporcionaram.

Havemos de nos cruzar por aí... 

domingo, 9 de maio de 2010

Comentário sobre Betão


Cara leitora que colocou questões relacionadas com betão,

Por favor espreite os comentários. Um leitor conhecedor do tema deixou um comentário que, penso, lhe possa ser útil.


Muiiiito Obrigada ao Marco Linhares.

Espero poder contar com a sua participação mais vezes.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Boa formação; bons colegas; bons momentos...

Entre 26 e 30 de Abril estive a frequentar uma acção de formação.

Também gosto muito de ser formanda, embora a maior parte das vezes venha desiludida.

Neste caso venho surpreendida! Vou contar-vos.

A acção decorreu no Porto. Fui de véspera para poder chegar a horas. Fui muito bem recebida pela Coordenadora do Curso que me encaminhou até à sala. Cheguei cedo mas ainda assim já estava em sala o formador e alguns formandos.

A “coisa” prometia!

O formador deu início à sessão na hora inicialmente prevista e para apresentação usou o mesmo método que costumo usar: pediu aos formandos para falarem entre si de forma a poderem apresentar-se uns aos outros. Quer dizer… mais ou menos… O número de formandos à hora de inicio era ímpar por isso fiquei com mais dois colegas. Combinámos entre nós quem apresentaria quem. Só que… quando chegou a nossa vez e nos preparávamos para fazer a apresentação conforme tínhamos combinado, o formador disse: “Quem decide quem apresenta quem sou eu”!. Percebi imediatamente quem “ia mandar” naquela semana. :)

O que eu não imaginava é que; ia ter um formador que nos questionava individualmente de forma sistemática durante os 5 dias de formação, que tínhamos trabalhos de grupo para fazer durante todo o dia e ao final de cada dia; que ficaríamos a fazer esses trabalhos até às 23h e nalguns dias mais, que… , que…, que…,

Há muito tempo que não frequentava nenhuma acção tão intensiva.

O formador, Luís da Silva e Serra, era fabuloso quer na orientação pedagógica quer no conhecimento que tinha desta matéria. Muito Bom!

O grupo não ficava nada atrás. Pessoas empenhadas, interessadas no tema e acima de tudo PESSOAS LINDAS!

Foi uma partilha de experiências muito interessante da qual, sem dúvida, voltei mais rica

Obrigada a todos por estes momentos fantásticos!


Deixo abaixo provas do “local do crime”.
Nota: convém referir que o autor das fotos é o colega Joaquim Merino.



terça-feira, 20 de abril de 2010

ISO 9004:2009

"Bom dia,

Estou novamente convosco e, devo confessar, é tão agradável consultar a vossa página diáriamente, é como uma obrigação de pesquisa ,para notícias, opiniões, informações.. enfim tudo do melhor no mundo da qualidade.

Nesta também peço a seguinte informação:

Ao consultar o site ISO (que faço com regularidade) verifiquei que há uma nova edição da ISO 9004:2009 desde 30-10-2009 mas, ao consultar o sítio do IPQ não encontro esta versão disponível, já sabem algo sobre esta versão ?

Aproveito para mais uma vez felicitar-vos pelo excelente trabalho no âmbito da qualidade.

Agradecimentos

Amália Salgado"

Olá Amália Boa tarde,

Obrigada pelas suas palavras. Isto de ser equiparado às noticias não é mercecido :). Infelizmente não escrevo com a frequência que gostaria. Mas,... infelizmente tenho contas para pagar e por muito que goste de fazer isto, a verdade é que por aqui as minhas contas... iriam por muito maus caminhos.

Mas vou fazendo o que me é possível.

Pois desta vez não sei mesmo mais nada além do que refere. Eu também gostaria de a ter em Português, mas tanto quanto sei ainda não foi oficialmente publicada.

No site do IPQ, neste momento só encontramos a publicação em Inglês. Mas para mim,... o meu inglês ainda está muito enferrujado. Espero que melhore em breve

Para já, só sei mesmo o que vai saindo nas revistas, o que ouvi em seminários e o que leio no blog do meu amigo Ronaldo. Se quiser consultar tem sempre coisas muito interessantes - Qualiblog.

Tenho várias pessoas alerta, no caso de me escapar a mim. Assim que souber da publicação em Português, informarei por aqui.

E se souber primeiro que eu, por favor diga-me.

Obrigada e até sempre.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Relatórios de Auditoria

"
Olá, eu sou a Oury, moçambicana, de 23 anos. Não sabia da existência deste site, e procurava algo relacionado com qualidade dos relatórios de auditoria em Moçambique, que é o mntar eu tema de defesa. Eu não sei se poderiam me ajudar a encontrar material para este tema. Por favor, toda pequena ajuda já é uma ajuda!


Melhores cumprimentos "



Olá Oury,

Sobre os relatórios de auditoria em Moçambique não sei dizer nada. Com muita pena minha nunca estive lá. Mas penso que não sejam muito diferentes.

Assim em termos gerais o que posso acrescentar é que os Relatórios de Auditoria devem seguir o definido para o efeito na Norma ISO 19011:2003.

Como sabe as Normas, por serem de reprodução proibida não posso disponibilizar.

Assim de uma forma muita resumida a referida Norma refere que um relatório de auditoria deve conter no mínimo:
- objectivo/s da auditoria
- âmbito
- identificação do cliente da auditoria
- data/s e local/is
- identificação da equipa auditora e dos seus papéis
- critérios da auditoria
- constatações (NC's, Oportunidades de Melhoris,...)
- conslusões da auditoria

podem(e normalmente incluem) ainda incluir outros elementos a título de exemplo:

- lista dos entrevistados
áreas não cobertas, embora previstas no plano
- opiniões divergentes, não resolvidas
- declaração de confidencialidade
- ...

Se está a desenvolver trabalho sobre esta temática o melhor mesmo é consultar a Norma. Em qualidade, nada é por acaso ou simplesmente porque sim.

Bom trabalho.


Quanto à