A primeira questão que se coloca é a de saber que resultados se pretendem obter quando definimos um Programa de Auditorias da Qualidade Internas e o executamos.
Cumprir com as exigências da Norma de certificação? Sim, isso também.
Mas isso é um objectivo, que além de pouco ambicioso, tem como resultado a inexistência de mais valias para os vários intervenientes.
Não me interpretem mal aqueles que na sua boa fé cumprem (e só isso!), com a exigência da norma. Mas... o tempo é demasiado escasso para ser gasto assim.
Do meu ponto de vista o auditor da qualidade, especialmente o interno, tem que estar para o Sistema de Gestão da Qualidade, e consequentemente para a Organização, como o fermento está para a massa.
A sua função principal é fazê-la “crescer” de forma sustentada.
O papel do Auditor da Qualidade Interno não é detectar Não Conformidades, ou pelo menos não é só este!
É necessário que, no mínimo, seja capaz de:
- “Vender” aos auditados a importância da Qualidade;
- “Convencer” os auditados de que o Sistema de Gestão da Qualidade são eles próprios;
- Esclarecer e informar todos os intervenientes sempre que surjam Não Conformidades ou duvidas quer sobre a Norma de referência quer sobre as metodologias definidas pela Organização;
- Identificar formas de Simplificar / Rentabilizar as várias actividades/funções.
Como se depreende para conseguir responder a esta necessidade é necessário formação constante, empenho, motivação e muito, muito trabalho!
Mas não é só... falta referir que é necessário um conjunto de competências interpessoais que tornem cada uma das suas actuações em ganhos significativos.