Um "Ponto de Encontro" para partilha de experiências e conhecimentos sobre a temática da Qualidade. Falemos do tema, dos conceitos que lhe estão associados e de metodologias que facilitem a sua compreensão e implementação nas Organizações. Chegar a todos, esclarecer e aprender com eles, é o objectivo! .
sábado, 27 de dezembro de 2008
outra sobre competências
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Uma questão sobre calibração...
Mais uma vez, decidi responder através do blog por me parecer ser uma questão que possa interessar a mais leitores, ou que existam leitores que possam ajudar mais do que eu, acrescentando o seu comentário.
Tal como nas situações anteriores, por motivos de respeito pela privacidade de quem me contacta não vou divulgar o nome.
Uma das questões que recentemente recebi foi esta:
"Como é que devem ser feitas as verificações internas
1) Deverá ter-se em consideração o erro e incerteza do equipamento padrão? (tal como na calibração)
ou
2) Efectua-se somente uma comparação de resultados do género:
- medição com o eq padrão=X
- medição com o equipamento a verificar = Y
- |X-Y|
O cumprimento do requisito 7.6 - Controlo do equipamento de monitorização e medição levanta sempre muitas questões. É por isso normal que tenha obtido várias respostas para a sua questão. Existem várias formas de cumprir e elas variam consoante a formação e a percepção de cada um relativamente ao tema.
Talvez seja conveniente esclarecer que embora eu tenha feito uma Especialização em Engenharia da Qualidade, a minha formação base não é engenharia.
Assim sendo só poderei responder de um ponto de vista mais genérico. Se existir desse lado algum leitor que queira dar alguma ajuda, é muito bem-vindo.
Embora a minha limitação técnica, vou referir-me ao que, do meu ponto de vista, me parece essencial.
Comecemos pelo princípio, O que estamos a medir/monitorizar? Estamos a medir/monitorizar características essenciais para a conformidade da dúvida (onde é necessário assegurar resultados válidos)?
Qual a validade dos resultados do equipamento padrão? Este está a ser periodicamente calibrado? O critério de aceitação definido é o adequado?
... a resposta à questão colocada poderá ser sim, ou não, dependendo de todos estes factores.
Claro que se quisermos ser extremamente rigorosos, as verificações internas devem ser tão exigentes quanto aquelas que realizam os laboratórios acreditados. Mas para a sua realidade, justifica-se esse rigor?
Se usar um equipamento padrão que seja periodicamente calibrado (que assegure a validade das medições), se tiver definido um critério de aceitação rigoroso, se as medições que efectua com os equipamentos que verifica não incidem sobre características absolutamente essenciais do produto, eu diria que a sua fórmula é suficiente.
Se o que disse no parágrafo anterior não for verdade... então a questão muda de figura.
Acima de tudo acho que deve imperar o bom senso.
Penso que o essencial é que esteja convencida que o rigor que aplica é o adequado à sua realidade. Com toda a certeza, conhece a actividade da sua empresa, tem claro que tipo de medições faz, que critério de aceitação definiu,... etc. Com base nisso questione-se: o método que utilizo garante-me que as medições que realizo são reais? Posso confiar nas medições que realizo?
Ai o tempo...
Cá estou de volta! Venho pouco eu sei, mas por motivos profissionais não consigo escrever mais.
Por vezes questiono-me sobre a continuidade deste blog... Mas esse meu questionamento termina quando recebo no meu mail solicitações de pessoas que chegam até mim, através deste "sitio".
Preciso no entanto fazer um acordo consigo: Não conseguirei escrever diariamente, como é comum na maioria dos blogs. Nem semanalmente como inicialmente me tinha proposto. Fases existem em que escrevo mais, mas por regra não consigo.
De qualquer forma, estarei sempre aqui, disponível para responder, ... só não posso comprometer-me com a periodicidade. Dentro das minas possibilidades, também tentarei escrever textos novos. Desculpe, se lhe parece pouco... neste momento é tudo o que consigo oferecer...
Por isso já sabe, quando não apareço, não é por falta de respeito por quem me visita, simplesmente não consigo!
Obrigada pela compreensão!
domingo, 14 de dezembro de 2008
Um presente pelo SER...
A aldeia onde nasci está coberta por um manto branco, como nos bons velhos tempos.
Infelizmente, por motivos profissionais, não posso estar lá a usufruir da lareira.):
No entanto, quero entender este facto como um bom presságio: Se até no tempo tudo pode ser como dantes... talvez as coisas de que tenho mais saudades também possam voltar ...
Estamos a uns dias do Natal. É tempo de esperança...
Ultimamente tem-se falado muito de uma Nova Ordem. Podemos interpretar estas duas palavras de muitas formas, mas vou partilhar convosco a minha. Talvez possa ser polémica, mas é a minha.
Nos últimos anos a sociedade tem perdido a noção do "ser". Todos estamos muito preocupados com o que temos ou que queremos parecer ter.
Compramos o que precisamos mas acima de tudo aquilo que fica bem comprar. Qualquer casa, tem hoje 2, 3 televisões, 2, três máquinas de café, dois ou três computadores, carros, etc. Para já não falar de calçado e roupa das marcas mais caras do mercado...
Fala-se diariamente da necessidade de fazer algo, que permita a continuação do planeta. Todos sabemos que à medida que consumimos recursos (ainda por cima desnecessários!), um dia destes (muito próximo) esses recursos esgotam...
Todos sabemos, mas todos queremos continuar a ter... e a parecer...
Infelizmente preocupamo-nos muito pouco se somos ou não somos seres humanos, solidários, responsáveis, competentes, humanos,...
Com a desculpa de que esta é a sociedade onde vivemos, somos cumplices de tudo isto, sem que nos provoque nenhum problema de consciência.
Estive há dias num fórum sobre responsabilidade social, onde todos os oradores se referem a estes temas e os debatem como importantes... Fiquei feliz por perceber que algumas decisões que tomo com dificuldade (porque às tantas somos uns anormais que não temos/usamos o mesmo que todos os outros), afinal contribuem para a continuação da humanidade.
Tenho a esperança que o mundo mude de paradigma e passe a preocupar-se mais com o ser do que com o ter.
Deixo-vos como presente toda a minha disponibilidade e toda a minha amizade.
Não polui e não custa nada...
FELIZ NATAL e que o Menino Jesus o proteja!